sábado, outubro 28, 2006

TOMA! VAI BUSCAR!

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Lisandro, Quaresma e Bruno Moraes

Uma vitória dramática e tirada nos últimos instantes do jogo... muito saborosa, justa mas não havia necessidade de sofrer tanto!
Em primeiro lugar quero falar do público... dos milhares de Portistas que abarrotaram o Dragão e que principalmente durante a primeira parte foram determinantes para o sufoco que o FêCêPê dedicou ao Benfica. Um ambiente fantástico!
Durante os primeiros trinta minutos de jogo, o F.C.Porto foi magnífico. A pressão exercida sobre o meio-campo da equipa lisboeta crucial mas a forma endiabrada como Postiga, Lisandro e Quaresma punham a cabeça em água aos adversários também contribuiu e muito para um futebol bonito... largo e ao primeiro toque. Os dois golos foram a cereja no topo do bolo... sobretudo o de Ricardo Quaresma: Maravilhoso!
A partir do momento em que o Porto se viu sem Anderson, lesionado após um entrada violenta de Katsouranis que Lucílio Baptista nem falta assinalou, a equipa encolheu-se e preferiu dar a iniciativa de jogo aos vermelhos. Óbvio que era impossível manter aquele ritmo inicial durante o jogo todo... mas ainda me lembro do conceito de "descanso com bola" de Mourinho e tenho saudades!
No início da segunda-parte o FêCêPê voltou a tomar conta dos acontecimentos mas nunca mais com o sufoco da primeira meia-hora nem com a qualidade evidenciada nesse período. Sentia-se que o jogo poderia ficar perigoso se o Benfica marcasse um golo... e isso de facto aconteceu num canto onde mais uma vez faltou concentração à estrutura defensiva do Porto. A equipa tremeu e mesmo sem ter grandes ocasiões de golo, percebia-se que o Benfica poderia chegar ao empate. As percepções estavam novamente certas... Marek Cech teve uma perda de bola inacreditável perto da área dos vermelhos e proporcionou um contra-ataque que Nuno Gomes não desperdiçaria. Se o Porto ficou abalado pelo primeiro golo, ainda mais ficou pelo segundo... e chegou a temer-se o pior. Mas os Deuses do futebol foram amigos: Já em período de compensação, um lançamento lateral gerou a confusão na área do Benfica e Bruno Moraes aproveitou para levar o Estádio do Dragão à loucura!
Notou-se falta de maturidade e calo a alguns jogadores do Porto durante os períodos críticos que antecederam os golos do Benfica. Mas pelo que fez durante os primeiros trinta minutos de jogo, o F.C.Porto é um vencedor justíssimo.
Vale a pena passar pelo Directório de Imagens!

Melhor em Campo - Hélder Postiga: Que grande jogo fez Postiga! Ricardo Rocha e Luisão só em falta o seguraram, tão incapazes se mostravam para lhe tirarem a bola. Lutou, rematou e assistiu! Está um senhor jogador e pronto para retomar a sua evolução do ponto onde estava em 2002/2003. Aqueles que me conhecem pessoalmente sabem da minha cruzada na defesa do Postiga... ele está quase lá! Quaresma pelo que fez na primeira parte também merecia esta distinção... mas na segunda não existiu.

Arbitragem - Lucílio Baptista: Habilidoso! Um artista de apito na boca! A dualidade de critérios na amostragem de cartões foi gritante. É incrível como Luisão chega ao fim do jogo sem um amarelo!

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quinta-feira, outubro 26, 2006

Faz de conta...

que tens 60 anos, cabelo branco, magro e és treinador do FêCêPê:

Sábado, no Dragão a vitória é imprescindível! Penso que não há discussão possível de qual a atitude com que o FêCêPê deverá encarar o jogo… mas e quais o jogadores?
A presença de Anderson parece assegurada… quem deve sair? Assunção ou Meireles? Ou será preferível abdicar de um homem mais adiantado? Ibson também já treina sem limitações...
E na defesa? Bosingwa já voltou do castigo… é justo abdicar de Fucile? João Paulo também já está totalmente recuperado… tem lugar no onze? E na esquerda… há soluções para as fracas exibições de Cech?
E que ataque? Bruno Moraes… estará pronto para a titularidade?

A minha equipa para atacar o jogo de Sábado:

Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Cech; Assunção, Lucho e Anderson; Lisandro, Postiga e Quaresma.

Imagem enviado por Miguel Costa por email

quarta-feira, outubro 25, 2006

A semana do costume!

Quem não estiver interessado em ler uma mensagem de cunho aparentemente moral e lamechas, por favor volte noutro dia:

Antes dum F.C.Porto-Benfica... é sempre isto! Já não há pachorra para ler tanta hipocrisia e fanatismo. Ou é por causa de Miccoli ou é por causa do árbitro... há sempre uma razão qualquer para protestar, fazer pressão e incendiar o jogo.
Futebol é no relvado... e o jogo de sábado é um dos mais apetecíveis do ano. Por causa da rivalidade, da ansiedade, do ambiente que rodeia o jogo... é o futebol numa das suas expressões mais fantásticas. Se pudesse... pegava nos meus amigos portistas e benfiquistas que gostam de futebol e ia com eles ao estádio! A rivalidade, encarada de forma sadia e sem ódios doentios é útil ao futebol... pena é que haja sempre gente mais interessada em fomentar os sentimentos negativos que o futebol gera e nada preocupada com o fenómeno do espectáculo!
No Sábado... venha quem vier... Benfica... o Lucílio... que seja um grande jogo de futebol!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Serviços Mínimos assegurados

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Djaló; Quaresma

O FêCêPê empatou em Alvalade e pode-se dizer que saiu encantado com o ponto conquistado.
Jesualdo Ferreira, naturalmente, apostou em Assunção para substituir o lesionado Anderson, mantendo a estrutura 4x3x3 da equipa e antes do início do jogo pensava-se que o Porto poderia dar uma réplica diferente.

Durante quase toda a primeira parte, o F.C.Porto foi uma sombra do que os adeptos portistas esperam da equipa: Erros defensivos inacreditáveis, o meio-campo encostou demasiado à defesa e quando em situação de ataque a superioridade numérica dos jogadores do Sporting era por demais evidente. Só Quaresma conseguia conduzir jogo, apesar de muitas vezes não ter lucidez para fazer o último passe correctamente. Não foi de espantar, por isso, que numa cratera da defesa do FêCêPê, aparecesse Djaló, completamente sozinho e sem precisar de tirar os pés do chão, a cabecear para o fundo das redes de Helton.
Para o início do segundo-tempo, Jesualdo tirava Assunção e colocava Jorginho. A intenção era esticar mais o meio-campo e ter alguém que conseguisse conduzir o jogo pelo meio. Logo aos 4 minutos, aproveitando uma, mais uma, “abébia” de Ricardo, Quaresma atirou a contar e fez o empate. O Sporting parecia perdido e Porto finalmente passou a mandar no jogo, fazendo pressão logo à saída do meio-campo leonino. Mas os leões depressa readquiriram a lucidez mas nunca com o domínio conseguido durante os primeiros 45 minutos.
O empate acaba por ser lisonjeiro para o FêCêPê… o Sporting mereceu muito mais a vitória, lutou mais, jogou mais e criou mais oportunidades de golo.
Como disse e bem Jesualdo Ferreira no final da partida, o resultado foi muito melhor que a exibição, tendo o F.C.Porto a obrigação de apresentar um futebol muito melhor do que mostrou ontem. No Sábado, esperemos que já com Anderson, exige-se uma grande exibição e um grande resultado!

Melhor em Campo - Quaresma: Não houve um único jogador do Porto que tenha feito uma grande exibição. Quaresma, pelo golo e por algumas jogadas durante a primeira parte em que foi o único a tentar remar contra o marasmo geral acaba por ser o que merece o maior destaque.

Arbitragem - Pedro Proênça: Jogo sem casos. Erros de pormenor que não influíram no desenrolar dos acontecimentos.

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quinta-feira, outubro 19, 2006

Ídolos de Outrora - Fernando Gomes

Fernando Gomes nasceu no Porto no dia 22 de Novembro de 1956. Foi António Feliciano quem o descobriu para o futebol num torneio de futebol de salão do Académico, levando-o para o FêCêPê ainda muito novo. Com apenas 17 anos, estreou-se oficialmente na equipa principal. Foi no dia 8 de Setembro de 1974 e marcou os dois únicos golos da equipa na suada vitória por 2-1 frente à CUF. Ganhava 12 contos por mês enquanto Cubillas, o artista da altura levava 125 notas de mil para casa. Instalou-se com alguma facilidade no onze titular e foi um dos grandes responsáveis pelo bi-campeonato de 77/78 e 78/79, que quebrou um jejum de quase vinte anos sem conquistas na prova.
Com o término da época 79/80, veio o tão conhecido Verão quente: Gomes, juntamente com Teixeira, Oliveira, Lima Pereira, Frasco, Simões, Freitas, Jaime, Quinito, Octávio, Romeu, Albertino, Costa, Sousa e Tibi, saíram em defesa de Pedroto, despedido pelo presidente Américo de Sá, que não apreciava o estilo de guerrilha de Pedroto e Pinto da Costa em relação ao poder de Lisboa. No final desta confrontação, apenas Oliveira e Octávio, não deram o braço a torcer e acabaram por abandonar o clube. Gomes optou por ficar mas seria transferido para o Gijon no dia 13 Agosto de 1980. O F. C. Porto acertou a transferência, a troco da exorbitante quantia de 60 milhões de pesetas! Dessa quantia, ao avançado caberiam 20 milhões de pesetas, um terço do valor total. No primeiro jogo pelo clube Espanhol, marcou cinco golos ao Oviedo.

Mas, felizmente para o F.C.Porto, as coisas não iriam correr muito bem em Espanha. No início da época, Gomes tinha uma lesão grave que se foi complicando, e teve mesmo que ir à faca. Em declarações Gomes desabafava:
"Confesso que admiti vir a jogar pelo Real Madrid ou pelo Barcelona, mas... fui para Gijon sem qualquer lesão. Mas posso sair, o Gijon só quer o dinheiro que pagou pela minha transferência. Não engano ninguém dizendo que gostaria de voltar ao F. C. Porto, mas se for o Sporting ou o Benfica a contratar-me não deixarei de ser o mesmo profissional."

No início da época 82/83… Gomes já estava de regresso ao F.C.Porto, à sua plena forma e com uma fome de golos impressionante. Nesse ano seria o melhor marcador da Europa com 36 golos, repetindo a graça em 84/85 com 39. Em 83/84, foram os seus golos que levaram a equipa à final de Basileia, ingloriamente perdida para a Juventus e em 86/87 foi um dos protagonistas da fantástica caminhada até Viena que, injustamente, haveria de falhar por lesão. Mas esteve em Tóquio, na final mais radical que o mundo do futebol já viu, contribuindo com um golo para que o F.C.Porto alcançasse tão importante troféu.

Mas em Novembro de 1987 iriam começar os problemas. Tomislav Ivic, assumiu numa entrevista que “Gomes é finito!” e lançou no clube uma confusão danada. No jogo sa segunda-mão da Supertaça Europeia frente ao Ajax de Cruyff, Ivic trocou Gomes por Jorge Plácido antes do final do jogo e ouviu a maior assobiadela da sua carreira. Porquê? Porque o, então, Jugoslavo impediu Gomes de erguer um troféu internacional em pleno Estádio das Antas… grande parte dos portistas nunca lhe perdoou. Sobre a possibilidade de abandonar o futebol, Gomes dizia:
“Se penso na retirada? Vivo o presente e não sou astrólogo, mas tenho um amigo astrólogo que me disse que jogaria mais quatro anos...”;
As coisas entre Gomes, a direcção e a equipa técnica estavam tudo menos pacíficas e sabia-se que a única coisa que mantinha Gomes no F.C.Porto era o carinho que a massa associativa tinha pelo avançado, facto que o avançado sabia usar como ninguém.

Mas em Junho tudo parecia voltar aos eixos quando Ivic saiu do clube. Gomes renovava o contrato e Quinito, o novo treinador afirmava:
“Comigo… é Gomes e mais dez”.
O problema é que Quinito não se aguentou muito tempo à frente da equipa técnica e voltaram Artur Jorge e Octávio… dois velhos conhecidos. As coisas andavam outra vez bastante tensas, quando o F.C.Porto teve uma deslocação à Madeira para enfrentar o Marítimo. O avião atrasou-se e a comitiva chegou ao hotel apenas às 23 horas, ainda sem jantar. Quando por volta da meia-noite o jantar começou a ser servido inicialmente pelas mesas VIPs (Dirigentes e técnicos), como era normal, Fernando Gomes levantou-se e insurgiu-se com o facto essencialmente devido ao adiantar da hora. Octávio Machado interviu e disse que ele, Fernando Gomes, “não mandava ali”. Gomes respondeu que “era o capitão”… mas acabou por insultar o Palmelão chamando-lhe: “Palhaço e bufo dos tempos do sr. Pedroto”.
O Bi-bota acabou com um processo disciplinar e suspensão de todas as actividades. Respondendo a um jornalista sobre as razões da perseguição que se dizia alvo, Fernando Gomes referiu:
“A primeira razão relaciona-se com o invejável apoio e carinho que granjeei junto da massa associativa do F. C. Porto e público em geral. A segunda razão é a identificação que se faz entre a minha figura e o F. C. Porto.”

É preciso notar que Gomes teve uma dimensão nacional e internacional enorme. Devido ao apoio contagiante que tinha nos adeptos, o seu peso dentro do clube era considerado exagerado pela administração e obviamente que os problemas tinham que surgir.
Em Junho do ano de 1989, Gomes provocava uma dor de alma na maior parte dos portistas ao assinar pelo Sporting, acabando a carreira dois anos depois. O Astrólogo acertara! Ainda pisaria o relvado das Antas ao serviço do clube Leonino, sendo recebido por uma mistura de palmas e assobios.

Fernando Gomes era um avançado fantástico, excelente no jogo de cabeça, um posicionamento perfeito, movimentava-se muito bem na área, fazia jogo com os companheiros mais atrasados, abria espaços para entrada de colegas e tinha um instinto pelo golo que era qualquer coisa de fenomenal.
Foi um dos mais carismáticos Capitães que este clube já viu e com certeza o avançado mais completo que envergou aquela camisola. Marcou 317 golos no Campeonato (um record nacional, apesar de... Eusébio), sendo o jogador com mais golos marcados ao serviço do Porto: 288.

Palmarés:

2 "Botas de Ouro" 82/83 e 84/85
1 Taça dos Campeões Europeus 86/87
1 Taça Intercontinental 1987
1 Supertaça Europeia 1987
5 Títulos de campeão nacional 77/78, 78/79, 84/85, 85/86, 87/88
3 Taças de Portugal 76/77, 83/84 e 87/88
6 "Bolas de Prata"
3 Supertaças Cândido de Oliveira,
46 internacionalizações (13 golos)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Com atitude... é tão mais fácil!


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Num jogo crucial para as aspirações portistas na prova, apareceu um Porto raçudo e dominador não dando grandes hipóteses a um Hamburgo macio que cometeu erros infantis.
Jesualdo Ferreira não caiu na tentação de jogar em contenção e desde cedo o FêCêPê foi para cima da equipa Alemã com Quaresma, Anderson, Fucile, Lisandro e Lucho em destaque pela dinâmica empreendida ao jogo ofensivo. O Hamburgo apenas incomodava de lances de bola parada e meia-distância, aproveitando a deficiente cobertura à frente dos centrais. A pressão exercida pelo meio-campo portista foi sufocante e ao intervalo a vantagem de golos era perfeitamente ajustada ao desenrolar dos acontecimentos. Por esta altura, já Anderson tinha saído lesionado entrando para o seu lugar Jorginho, que fez uma excelente partida auxiliando o meio na pressão e sendo o primeiro na ajuda ao ataque. Na segunda-parte o F.C.Porto voltou a não dar veleidades aos Alemães, marcando mais dois golos numa altura em que o adversário jogava tudo por tudo.
Exibições muito positivas de: Bruno Alves, Fucile, Lisandro, Postiga, Quaresma e Lucho.
Dia 1 de Novembro, na Alemanha é preciso jogar com esta mentalidade e atitude sabendo que o Hamburgo com Van Der Vaart é uma equipa completamente diferente.



Melhor jogador em campo - Lisandro Lopez: Exibição à Argentina. Lisandro transpira vontade e determinação... em cada jogada dá tudo o que tem em prol da equipa e essa é uma das características que faltava ao F.C.Porto. Os dois golos não são duas obras primas mas é preciso estar lá, no sítio certo para facturar... e o Argentino lá estava!

Arbitragem - Alain Hamer (Luxemburgo): Má arbitragem! Critério defeituoso na amostragem de cartões. Erros de palmatória: Penalti não assinalado sobre Quaresma, não mostragem de segundo amarelo a Ljuboja no lance do penalti, golo mal invalidade ao Hamburgo, e fora de jogo não assinalado a Postiga no terceiro golo. Muito mau!

Directório de Imagens Actualizado

domingo, outubro 15, 2006

Ganhámos... por agora bastará?

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Hélder Postiga(2); Lucho Gonzalez

Vitória gorda do FêCêPê mas os números enganam bastante sobre a exibição conseguida. Este era um jogo em que vencer era de fundamental importância e isso foi alcançado mas o F.C.Porto fez um jogo fraco e sem ideias, apoiando-se excessivamente no génio de Anderson para criar jogo ofensivo.
A primeira parte foi amorfa e mal jogada, com apenas um ala de raíz em campo, a linha raramente foi procurada, ainda exponenciada com a estranha aversão dos defesas laterais em apoiar os seus colegas mais avançados. Foi preciso Pepe cair para a direita, fazer o papel que era de Bosingwa e cruzar com conta peso e medida para que Postiga abrisse o activo.
No segundo tempo, uma grande surpresa: Bosingwa ficava no balneário e Ricardo Costa subiria no seu lugar. No estádio desconfiei do atraso de Baía no balneário e da posterior conversa com Jesualdo e agora confirma-se que Bosingwa teve um comportamento incorrecto ao intervalo e está sob alçada disciplinar do clube. Ou muito me engano ou vai pagar as favas da deficiente atitude competitiva colectiva.
Mas se a alteração estranhou, surpreendeu muito mais a desorientação da equipa. Jesualdo Ferreira, mudou de seguida o esquema para um 4x4x2 colocando Paulo Assunção e logo a seguir Lucho fazia o 2-0 de penalti. Tempo ainda para a estreia de Bruno Moraes depois das lesões e para Postiga bisar após uma excelente jogada de entendimento com Anderson.
Como bem diz Jesualdo Ferreira, a equipa tende a crescer mas ainda não foi no sábado que se viu algum tipo de crescimento no jogo do FêCêPê. Aguardemos…


Melhor em Campo - Hélder Postiga: Marcou dois golos e esteve envolvido directamente no penalti. Postiga tem características de um grande avançado mas a sua fraca apetência pelo golo sempre limitou as suas exibições. Que esta série concretizadora seja para continuar até porque vêm ai jogos em que um avançado que marque golos será um bem preciosíssimo.

Arbitragem - Bruno Paixão: Às vezes precupou-se com pormenores sem importancia e que tiram fluidez ao jogo. No penalti esteve bem mas a sua intervenção pecou por tardia.

Directório de Imagens Actualizado

quinta-feira, outubro 12, 2006

F.C.Porto - Marítimo

Depois de duas derrotas consecutivas o jogo de Sábado com o Marítimo é de uma importância enorme para a saúde psicológica do plantel.
Aos jogadores exige-se mais atitude e empenho, ao treinador uma postura da equipa em campo mais consentânea com os pergaminhos do clube.
Bruno Moraes, Vieirinha, Fucile, João Paulo e Cech já estão recuperados das lesões que os fustigavam e poderão ser opção de Jesualdo Ferreira, mas não é crível que o treinador do FêCêPê lance tão cedo João Paulo e Bruno Moraes na equipa inicial, depois de tanto tempo de inactividade.
Ibson, Pedro Emanuel e Sokota são os únicos jogadores completamente fora de hipótese.

A minha equipa para enfrentar o Marítimo:
Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Cech; Raul Meireles, Lucho e Anderson; Quaresma, Vieirinha e Postiga

Ídolos de Outrora - Pavão

Nasceu em Chaves no ano de 1947. O seu nome completo era Fernando Pascoal das Neves, mas desde cedo lhe puseram a alcunha “Pavão”, porque fintava os adversários com os braços abertos. Deu os primeiros passos no Desportivo local mas ainda com idade de Júnior, António Feliciano, viu nele um talento e levou-o para as Antas. Corria então o ano de 1964.
A chamada à equipa principal do F.C.Porto não tardou, chegando com o tempo a capitão e assumindo-se como a estrela da companhia, facto que só perdeu com a contratação do fantástico Cubillas. Pavão era um ídolo para maior parte dos portistas!
Diz quem o viu jogar que era um jogador genial dotado de uma visão de jogo impressionante e que só o facto de vestir de azul e branco o impediu de atingir uma maior dimensão a nível da Selecção Nacional de futebol.

No dia 16 de Dezembro de 1973, o F.C.Porto recebia o Vitória de Setúbal, equipa treinada por Pedroto, para a 13ª jornada do campeonato. Aos 13 minutos de jogo, quando o FêCêPê já ganhava e as bancadas estavam em festa já que o Vitória era uma das melhores equipas do campeonato, Pavão faz uma abertura para Oliveira e cai inanimado.
Segundo rezam os relatos, ninguém, à excepção do médico do clube, Dr. José Santana, se apercebeu imediatamente da gravidade da situação. O jogador foi transportado de urgência para o hospital onde todas as tentativas para o reanimar não são bem sucedidas. O jogo prosseguiu com informações difusas surgindo via rádio, colocando os portistas presentes no estádio com uma dor no coração. Ao intervalo, aos altifalantes do estádio, apelava-se à calma indicando uma indisposição como razão da ida de Pavão ao hospital. Não se tem a certeza se no início da segunda-parte os jogadores já saberiam do facto consumado, mas o facto é que o jogo decorreu num clima esquisito.
No final do encontro, alguém falou ao estádio através dos altifalantes e confirmou a morte de Pavão. Diz quem lá esteve que foram momentos de arrepiar quando um silêncio sepulcral tomou conta de milhares de pessoas ao mesmo tempo que jogadores e técnicos procuravam consolo no colega mais próximo!
Foi com toda a certeza, o dia mais triste do Estádio das Antas e um dia que muitos portistas não esquecerão!

quarta-feira, outubro 11, 2006

Prejuízos e Pavilhão

Contas

No último exercício a F.C.Porto SAD apresentou um prejuízo de cerca de 30 milhões de Euros, cifrando-se o Passivo em cerca de 125 milhões de Euros. O redondo falhanço na Champions, a opção por não vender jogadores nucleares e o forte investimento em Anderson são as principais razões para este preocupante saldo negativo. A única coisa que me chateia é o facto de que no único ano que a SAD do F.C.Porto deu um lucro que se visse, os administradores acharam-se no direito de retirar um volumoso prémio para os seus recheados bolsos.


Dragãozinho

Ao que parece, o novo pavilhão sempre vai avançar, já havendo um projecto em cima da mesa da autoria do mesmo arquitecto do Estádio do Dragão, Manuel Salgado. O início de construção está previsto para meados do próximo ano... mas é crível que haja um inevitável e mais do que previsível atraso. Que saudades do antigo pavilhão Américo de Sá, onde tantas vezes vibrei com as vitórias do Porto de Vítor Hugo em Hóquei!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Entrevistas Oportunas

Pinto da Costa ao jornal O Jogo

Derrota em Braga: "Agora, em Braga, perder até pode não ser muito anormal, mas houve uma forma de encarar a partida por parte de alguns jogadores que levou a que, no final do encontro, tenhamos que reconhecer que o Braga venceu bem, porque todos os que estiveram em campo deram o máximo e quando assim acontece, se não houver o mesmo empenho do outro lado, ganha-se. Já reflectimos todos, técnicos e equipa incluídos, sobre o que se passou e tenho a certeza absoluta que não se vai voltar a repetir."

Sobre Jorge Costa: "Saiu contra a minha vontade e continuo a dizer que foi uma má opção ter ido para a Bélgica. Desportivamente, não lhe acrescentou nada: não lhe prorrogou a carreira por mais um ano, um dos argumentos que usou para sair".
"Acabar agora a carreira foi uma atitude inteligente, porque um jogador que conseguiu o que ele conseguiu não podia andar a arrastar-se nos campos ou vestir uma camisola qualquer, por exemplo: Por muito respeito que tenha pelo Leça, é uma mágoa que tenho a de ter visto o Jaime Magalhães, que teve uma carreira brilhante no FC Porto, sair para acabar no Leça de forma inglória".

Nova Candidatura: "No meu caso, não tomei o poder de assalto, foi por eleição. Sempre fui a votos e só numa ocasião apareceu um opositor. Não saio por vontade dos cronistas, que podem continuar a insultar-me e a mentir a meu respeito. Saio em duas situações: se não quiser continuar e se os sócios não quiserem que continue."
"Quero sempre mais. Se vir que podemos fazer mais e coisas que gostava de deixar no FC Porto, é óbvio que, se tiver saúde, recandidato-me. Vamos ver se é possível levar a cabo o projecto com o qual gostaria de terminar a minha careira de presidente do FC Porto, concretamente o pavilhão gimnodesportivo, em frente ao Dragão. Esse é o meu objectivo prioritário, porque é uma necessidade premente para as modalidades. Se vir que há condições para avançar, é possível que me recandidate; de contrário, pode ser que não me recandidate."


Lucho Gonzalez ao jornal ABola

Sobre o mau momento de forma: "Sei que joguei mal em Braga, sei que não estive bem no jogo com o Arsenal, mas não posso ser crucificado por isso. Acho que não há esse direito. Percebo que a minha responsabilidade aumentou desde a última temporada. Viram-me a determinado nível e estão à espera que as coisas sejam sempre iguais. às vezes, não dá..."
"Já percebi em pouco tempo que há pessoas que vivem em busca de uma oportunidade para criticar o F.C.Porto e os seus jogadores, vivem obcecados por uma derrota nossa e depois escalpelizam as mais irrisórias situações. Não há nada a fazer..."

Sobre ser Capitão: "Sei que a braçadeira de capitão tem uma forte tradição no F.C.Porto. Quando cheguei ao clube, era o Jorge Costa o grande capitao. Trabalhei pouco tempo com ele, mas não vou esquecer o muito que ele me ajudou nos primeiros tempos, tanto a mim como ao Lisandro. Ele funcionava como um verdadeiro capitão, daqueles que todos os clubes gostariam de ter. Ficámos tristes quando ele saiu, mas essa é uma questão que não me diz directamente respeito. Guardo dele um carinho grande."

Sobre Adriaanse: "Ele teve algumas atitudes que julgo um treinador não deve ter. Se ele dissesse que esta pedra era branca, era branco, mesmo que todos nós soubéssemos que era preta... Não priviligiou o diálogo com os jogadores. Ele entendia que assim é que estava bem."

sexta-feira, outubro 06, 2006

O abandono do Capitão

Para nós Portistas, ele já tinha posto um ponto final na carreira no dia em que rumou ao Standard de Liege. Jorge Costa foi o grande Capitão do F.C.Porto nos últimos anos, tendo herdado a camisola 2 de outro grande Capitão: João Pinto. Por duas vezes ele atingiu o "nirvana": quando em 2003 ergueu a Taça UEFA e em 2004 o troféu da Liga dos Campeões ao serviço do seu F.C.Porto.
O "Bicho" foi, quase sempre, um capitão exemplar, um modelo para os outros jogadores do clube e não ter acabado a carreira no seu clube foi, na minha opinião, a maior asneira que podia ter feito.

Palmarés:
1 Liga dos Campeões Europeus (2003/04)
1 Taça UEFA (2002/03)
1 Taça Intercontinental (2004)
1 título mundial de sub-20 (1991)

8 títulos de campeão nacional
(1992/93, 94/95, 95/96, 96/97, 97/98, 98/99, 2002/03 e 2003/04)

5 Taças de Portugal
(1993/94, 97/98, 99/00, 2000/01, 2002/03)

8 Supertaças
(1992/93, 93/94, 95/96, 97/98, 98/99, 2000/01, 2002/03 e 2003/04)

Directório de Imagens de Jorge Costa

quarta-feira, outubro 04, 2006

Preocupações!

Qualquer opinião racional sobre o actual técnico do F.C.Porto tem que levar em linha de contas o pequeno “pormaior” de ele estar à frente do clube há apenas dois meses, substituindo à pressa outro treinador que tinha planeado toda a época e que havia rotinado a equipa para um sistema que não é do agrado da esmagadora maioria dos técnicos.
Fazendo esta pequena ressalva, tenho também que admitir que existem alguns constatações que levam a grande generalidade dos portistas a estarem apreensivos em relação ao trabalho de Jesualdo Ferreira:

A primeira prende-se não só com a falta de atitude dos jogadores em campo mas mais grave do que isso, com alguma falta de pulso de Jesualdo em relação aos jogadores. Depois de um ano, onde os jogadores Porto, mesmo sem mostrarem um futebol de encantar, tiveram sempre uma atitude digna, séria e profissional em campo, voltaram os tiques de meninos mimados que tantas dores de cabeça nos tinham dado nos anos de Octávio e Del Neri, Fernandez e Couceiro. Ou é o Postiga a protestar com os colegas; Ou é o Paulo Assunção(imagine-se) a sair do campo visivelmente agastado; Ou é o Quaresma que não quer saber das suas responsabilidades tácticas; Ou são os irritantes e constantes protestos contra a equipa de arbitragem;
Co Adriaanse poderia ter muitos defeitos, mas numa coisa ele era mestre: Unir um grupo e ter pulso num conjunto de putos que pensam que são os maiores a jogar à bola!

A segunda é a notória falta de coragem que Jesualdo Ferreira demonstra quando enfrenta equipas mais afoitas. Frente ao Arsenal e ao S.C.Braga só faltou ao treinador do FêCêPê vestir as suas calças castanhas! E se em relação ao primeiro ponto penso que talvez seja possível revertê-lo através da ajuda não só da administração da SAD mas mais do que isso dos adjuntos da casa, João Pinto e Rui Barros, neste segundo ponto, não me parece que aos 60 anos Jesualdo Ferreira vá mudar alguma coisa no seu temperamento e atitude.

terça-feira, outubro 03, 2006

Sem chama... sem arte!

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Marcel, Luís Filipe; Hélder Postiga

Em dois jogos consecutivos com Arsenalistas, duas derrotas sem margem de contestação. Jesualdo voltou a apostar num 4x4x2 mascarado e deu-se mal novamente. Mesmo assim... o meio-campo do Porto foi impotente para suster um meio-campo do Braga muito mais rijo e empreendedor, apoiando de forma sustentado um ataque veloz e sem "rodriguinhos"! A forma como o Braga troca a bola em progressão é fantástica, em contraponto com um conjunto de "Maradonas" que teimam em jogar sozinhos e que raramente deixam de fazer mais uma finta quando em posse de bola. Jesualdo Ferreira desperdiçou trinta minutos até que substituiu Assunção(uma sombra do jogador do ano passado) por Lisandro. Até aí só tinha dado Braga e era confrangedor verificar a incapacidade não só de criar perigo, mas mais grave... chegar perto da área do Braga. Os jogadores de meio-campo do Porto estavam a léguas dos atacantes. A isto juntou-se mais uma perda de bola no meio-campo, à falta de posicionamento do defesa-esquerdo e... 1º golo do Braga! Perto do final da primeira-parte, quando o Porto já não rematava há mais de trinta minutos e quando finalmente alguém fez um cruzamento com peso, conta e medida... Postiga apareceu ao segundo poste a encostar para o fundo da baliza. Pensava-se que o golo seria o tónico que a equipa precisava para o segundo-tempo.
Mas logo a abrir, aproveitando uma falha grave de posicionamento de Raul Meireles e de (mais) um esquecimento de Quaresma, Luís Filipe avançou pelo centro do terreno, ninguém o importunou e desferiu um remate rasteiro que colocava o Braga de novo em vantagem. O FêCêPê tentou reagir mas o Braga fechava bem e através dos seus velozes alas deixava em sentido a defesa do Porto. Com a equipa Bracarense a cair fisicamente, Jesualdo Ferreira demorou uma eternidade para reagir. A 20 minutos do fim troca Quaresma por Vieirinha. Passados 5 minutos trocou Ezequias por Alan. Aí sim... arriscou tudo ficando a jogar com 2 homens na defesa, já que Bosingwa era um autêntico médio. E foram nesses 15 minutos que o Porto pressionou e esteve mais perto do golo!
Jesualdo Ferreira preza muito o equilíbrio entre sectores mas por vezes esse equilíbrio é nefasto e prejudicial à equipa! O FêCêPê é uma equipa em crescimento, é preciso paciência com alguns jogadores e mesmo com o treinador que está há pouco tempo ao leme do clube. Mas também é necessário que se aprendam com os erros e em dois jogos consecutivos o Porto foi reincidente em erros de palmatória que equipas do seu nível não podem ter!


Melhor em Campo - Andrés Madrid: Não escolhi um jogador do FêCêPê porque não sabia quem escolher. O Argentino do Braga fez um jogo do outro mundo, juntando uma raça e entrega fantástica, a um sentido posicional incrível e ao facto de ter secado Anderson sem ter que recorrer à falta constantemente!

Arbitragem - Lucílio Baptista: Quando o Lucílio apita o Porto, já sabemos que é necessário jogarmos muito mais do que o habitual para ganharmos o jogo. Mas ontem, tirando o critério dos "amarelos" que não se percebeu muito bem, fez uma arbitragem sem espinhas. Existiram alguns lances dentro das áreas mas que não me pareceram razão para grande penalidade.

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