segunda-feira, outubro 09, 2006

Entrevistas Oportunas

Pinto da Costa ao jornal O Jogo

Derrota em Braga: "Agora, em Braga, perder até pode não ser muito anormal, mas houve uma forma de encarar a partida por parte de alguns jogadores que levou a que, no final do encontro, tenhamos que reconhecer que o Braga venceu bem, porque todos os que estiveram em campo deram o máximo e quando assim acontece, se não houver o mesmo empenho do outro lado, ganha-se. Já reflectimos todos, técnicos e equipa incluídos, sobre o que se passou e tenho a certeza absoluta que não se vai voltar a repetir."

Sobre Jorge Costa: "Saiu contra a minha vontade e continuo a dizer que foi uma má opção ter ido para a Bélgica. Desportivamente, não lhe acrescentou nada: não lhe prorrogou a carreira por mais um ano, um dos argumentos que usou para sair".
"Acabar agora a carreira foi uma atitude inteligente, porque um jogador que conseguiu o que ele conseguiu não podia andar a arrastar-se nos campos ou vestir uma camisola qualquer, por exemplo: Por muito respeito que tenha pelo Leça, é uma mágoa que tenho a de ter visto o Jaime Magalhães, que teve uma carreira brilhante no FC Porto, sair para acabar no Leça de forma inglória".

Nova Candidatura: "No meu caso, não tomei o poder de assalto, foi por eleição. Sempre fui a votos e só numa ocasião apareceu um opositor. Não saio por vontade dos cronistas, que podem continuar a insultar-me e a mentir a meu respeito. Saio em duas situações: se não quiser continuar e se os sócios não quiserem que continue."
"Quero sempre mais. Se vir que podemos fazer mais e coisas que gostava de deixar no FC Porto, é óbvio que, se tiver saúde, recandidato-me. Vamos ver se é possível levar a cabo o projecto com o qual gostaria de terminar a minha careira de presidente do FC Porto, concretamente o pavilhão gimnodesportivo, em frente ao Dragão. Esse é o meu objectivo prioritário, porque é uma necessidade premente para as modalidades. Se vir que há condições para avançar, é possível que me recandidate; de contrário, pode ser que não me recandidate."


Lucho Gonzalez ao jornal ABola

Sobre o mau momento de forma: "Sei que joguei mal em Braga, sei que não estive bem no jogo com o Arsenal, mas não posso ser crucificado por isso. Acho que não há esse direito. Percebo que a minha responsabilidade aumentou desde a última temporada. Viram-me a determinado nível e estão à espera que as coisas sejam sempre iguais. às vezes, não dá..."
"Já percebi em pouco tempo que há pessoas que vivem em busca de uma oportunidade para criticar o F.C.Porto e os seus jogadores, vivem obcecados por uma derrota nossa e depois escalpelizam as mais irrisórias situações. Não há nada a fazer..."

Sobre ser Capitão: "Sei que a braçadeira de capitão tem uma forte tradição no F.C.Porto. Quando cheguei ao clube, era o Jorge Costa o grande capitao. Trabalhei pouco tempo com ele, mas não vou esquecer o muito que ele me ajudou nos primeiros tempos, tanto a mim como ao Lisandro. Ele funcionava como um verdadeiro capitão, daqueles que todos os clubes gostariam de ter. Ficámos tristes quando ele saiu, mas essa é uma questão que não me diz directamente respeito. Guardo dele um carinho grande."

Sobre Adriaanse: "Ele teve algumas atitudes que julgo um treinador não deve ter. Se ele dissesse que esta pedra era branca, era branco, mesmo que todos nós soubéssemos que era preta... Não priviligiou o diálogo com os jogadores. Ele entendia que assim é que estava bem."

8 Comments:

Blogger Aníbal Letra said...

Como notas de destaque da entrevista a Pinto da Costa, realço o reconhecimento da falta de atitude de alguns jogadores em Braga e a garantia que tal não se irá repetir.

Em relação a Lucho, a identificação do Argentino com o clube que parece cada vez maior e a opinião sobre Adriaanse!

9/10/06 10:38 da manhã  
Blogger Jorge Mota said...

Estive a ler a entrevista completa e destaco acima de tudo a detenção por parte do FCPorto de 80% do passe do Anderson. O reconhecimento por parte do presidente que alguns jogadores não estiveram bem, serve principalmente para atenuar um pouco o trabalho do treinador, isto apesar de sabermos que realmente alguns jogadores não fizeram o que podiam fazer. Lucho é um deles.

Um abraço.
www.portistasdebancada.blogspot.com

9/10/06 10:43 da manhã  
Blogger O Situacionista said...

Eu destaco só uma coisa - O NGP (Nosso Grande Presidente) em mais uma entrevista em que mostra ser "apenas" um DRAGÃO PREDESTINADO vai mesmo ter de construir o pavilhão !!
É que se é essa a condição para se recandidatar....ainda por cima é juntar o útil ao agradável !!!

9/10/06 11:15 da manhã  
Blogger Pedro Reis said...

Eu destaco tb as afirmações do Lucho sobre o Co: sempre com educação mas pondo o dedo na ferida!

Afinal parece que a sintonia dos jogadores com o treinador era pq tinha q ser...

Aqui está um daqueles atletas a quem eu bati palmas desde o 1ºmomento q entraram no FCP. Força Lucho!

9/10/06 12:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Há dias naa bancada inteira aqui do FECEP, debatia-se a questão da mistica do clube... colocamos isso em causa... e como toda a razão do mundo.

Uma coisa que nos escapou ao debate e que era importante, foi esta situação do resolver os problemas do grupo NO GRUPO. Isso sim sempre foi caracteristica do FC Porto e é de salutar que assim continue.
´
Às palavras do Pinto da Costa e do Lucho sobre a conversa de grupo a seguir à derrota em Braga, podemos juntar as notícias ao treino seguinte... onde os jogadores apareceram no treino algo cabisbaixos.

Eu... aguardo serenamente o teste contra o Maritimo... faço questão de ir ao estádio e aplaudir a equipa.

Ao pessoal do blog... boa semana.

9/10/06 2:44 da tarde  
Blogger JRP said...

Não li ainda as entrevistas, apenas estes trechos.
Gostei muito. Da serenidade ao mesmo tempo que a assumpção de que não se portaram bem, da determinação de ambos e da dedicação ao clube.
Gostei também da lembrança de Jaime Magalhães, outro grande, mas mesmo muito grande portista e um dos melhores extremos direitos do mundo da sua época. Tivesse sido outra a cor da sua camisola e a sua projecção mediática neste pobre país de 6 milhões de vermelhos seria outra.
Mais que o Jorge Costa (estou sempre a provocar :-)) este merecia ter tido outro fim no clube e outro apoio posterior.
Mas até nisso o nosso presidente esteve bem ao lembrar o seu nome. Significa que não se esqueceu dele.
Fizeram bem, Pinto e Lucho em falarem.

9/10/06 4:36 da tarde  
Blogger bLuE bOy said...

Amigo Anibal...
Grande entrevista do nosso Presidente PdC... gostei deveras do assumir da «falta de ambição» de alguns (muitos) jogadores em Londres e em Braga... da tranquilidade na abordagem ao famigerado "Processo Apito Dourado"... e sobre a questão da construção de um Pavilhão Multiusos junto ao Dragôm, que eu penso que não é para ver se dá ou não, pq já há muito, muito tempo, deveria estar feito!!
Quanto ao Lucho... admirei a sua abordagem quando ao espirito "ser Porto" e ao assumir sem falsos rodeios o «mau momento que atravessa»... digno, diga-se de passagem.
aKeLe aBrAçO
http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

10/10/06 12:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Grande entrevista ao NOSSO presidente.
Muito seguro no que diz, como sempre.
Destaque para a compra de mais 15% de Andershow...e mais uns pontapés no benfas...o que é sempre bom.

Saudações Tripeiras
http://anti-lampiao.blog.sapo.pt

10/10/06 8:23 da tarde  

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