Analisadas as votações que decorreram a semana passada, poucas dúvidas subsistem quanto à preferência dos adeptos portistas em relação à “Melhor Equipa dos Últimos 25 anos”. Um “Dream Team” capaz de envergonhar algumas das grandes potências do futebol Europeu.
Os detalhes dos resultados apurados por cada posição, podem ser consultados no Link que está no nome de cada vencedor:
1 - Vítor Baía: O melhor guarda-redes português de todos os tempos. No já longínquo ano de 1989, preferiu permanecer ao serviço do clube a ser Campeão do Mundo de sub-20 pela Selecção Nacional… Artur Jorge lançou-o a titular em Guimarães e desde essa altura nunca mais a baliza do F.C.Porto foi a mesma. Discípulo de Mlynarczik, tornou-se um guarda-redes confiante, frio e imperturbável, aliando a esta qualidades, atributos técnicos que fizeram dele um mito.
2 - João Pinto: O Capitão! Quem não se lembra de o ver a correr com o “Caneco” no relvado do estádio do Prater em Viena? Fazia da garra e do espírito de luta as suas principais armas, conseguindo com o tempo tornar-se mesmo um lateral de cariz ofensivo. Um símbolo da mística portista! Que saudades do “Broas”!
3 - Branco: Os seus livres era temíveis mas as suas qualidades não se esgotavam aí. Forte fisicamente, técnica apuradíssima, controlava perfeitamente o seu espaço defensivo e subia pelo flanco esquerdo com uma naturalidade impressionante. Um dos primeiros laterais modernos do futebol.
4 - Aloísio: O patrão da defesa portista durante quase um década. A enormes qualidades futebolísticas, Aloísio aliava um profissionalismo ímpar que fez dele um jogador admirado e respeitado por todo o futebol português.
5 - Ricardo Carvalho: Na votação ficou um pouco atrás de Aloísio, mas na minha opinião foi o melhor defesa-central que vi jogar pelo meu clube. Impressionante na marcação, excelente em antecipação, dominador pelo ar, pouco faltoso, intratável em velocidade e uma enorme capacidade para sair com a bola controlada, situação que criava alguns desequilíbrios aos adversários.
6 - André: Chamavam-lhe o “Carregador de Piano” e a expressão é feliz já que era sobre as suas costas que Futre e Madjer assentavam as suas jogadas geniais. Só com um jogador abnegado, incansável, disciplinado tacticamente, raçudo e que não virava a cara à luta, era possível ter na equipa dois génios que não tinham preocupações defensivas. Mas a sua acção não se esgotava no aspecto defensivo e táctico… era o primeiro a pegar na equipa e a dar o exemplo quando as coisas corriam menos bem, ajudando com a raça e o querer dos “caxineiros” a conquistar o Mundo.
7 - Madjer: O génio da lâmpada… o jogador das mil e uma noites. Com o seu calcanhar alado, realizou o desejo impensável de um clube que jamais o esquecerá. Madjer, Deco, Baía… são nomes que ainda se ouvirão quando daqui a cem anos se falar no F.C.Porto.
8 - Lucho: Juntamente com Baía, é o único jogador que pertence ao plantel actual. O Argentino não é um génio desequilibrador, não é um jogador explosivo capaz de fazer levantar o estádio… mas é indispensável a qualquer equipa do mundo. A bola sai redonda dos seus pés, tacticamente é perfeito, joga sem bola de forma impressionante e aparece com facilidade em zona de finalização.
9 - Jardel: O melhor marcador de golos que este clube já viu. Dentro da área, onde a bola caísse… estava lá o Super Mário para lhe dar “um trato!” Chegou como exímio cabeceador mas tornou-se numa das maiores contratações feitas pelo F.C.Porto. Faltou-lhe a conquista de um título europeu!
10 - Deco: Está seguramente entre o 5 melhores jogadores do F.C.Porto de todos os tempos. Um fantasista que aliava o génio à humildade de defender e cumprir o que treinador lhe incumbia de executar tacticamente. Dispensado pelo Benfica, não demorou a encontrar no F.C.Porto quem lhe reconhecesse capacidades. “É o número 10… Finta com os dois pés… é melhor que o Pelé… É o Deco, olé olé!”
11 - Futre: Capaz das mais inusitadas fintas e malabarices, Futre foi um dos maiores protagonistas da primeira conquista europeia dos Dragões. Jogava não apenas com a bola nas pés mas também em desmarcação e profundidade, coisa que Ricardo Quaresma, por exemplo, não consegue fazer.
Treinador - José Mourinho: Agora chamado de “Special One”, José Mourinho pegou numa equipa que não ganhava, contratou meia dúzia de jogadores desconhecidos e venceu a Taça Uefa e a Liga dos Campeões em dois anos consecutivos. Meticuloso e profundo conhecedor do futebol, não deixava o mais pequeno detalhe ao cuidado do acaso. Cada jogador da sua equipa sentia-se especial, mantendo sempre a confiança nas suas potencialidades em níveis estratosféricos. Outro nome que ficará para sempre gravado a letras de ouro na história do clube.