segunda-feira, janeiro 30, 2006

Toca a reunir!!!

Image hosting by PhotobucketHá algo que grande parte dos portistas precisam de ter bem presente: Este treinador não vai sair do clube antes do final da época!

Eu estabeleço este pressuposto por algumas razões claras e objectivas:
- Um clube não pode ser gerido de fora para dentro
- Os erros cometidos e o dinheiro esbanjado em treinadores na época passada têm que servir para alguma coisa… que seja para experiência.
- Qualquer treinador que viesse para o Dragão nesta altura, estaria fortemente condicionado e pressionado pelas conjecturas desportivas e pela convulsão social que vive o balneário… sendo tentado a modelar a equipa ao sabor da vontade popular e do peso de cada jogador na estrutura hierárquica, vide o péssimo exemplo de José Couceiro na época passada.

Partindo deste pressuposto que considero pertinente, é para mim bastante claro que a crítica generalizada a Adriaanse por parte de grande parte dos adeptos do FêCêPê, mais do que um acto decorrente dos seus disparates técnico-tácticos, é fruto de uma animosidade crescente que teve como ponto inicial o afastamento de Jorge Costa da equipa. Aqui, Adriaanse pecou essencialmente por falta de tacto e incapacidade de compreender a realidade que o rodeava. Esta situação, a que se junta o recente afastamento de Vítor Baía, levou muitos adeptos a criarem uma corrente de luta contra o treinador que nem mesmo com um significante número de vitórias consecutivas e o primeiro lugar destacado, conseguiu ser quebrada. A juntar a isto, temos três outras situações que prejudicaram a imagem do Holandês:

1. A crítica aberta dos jornais desportivos Lisboetas que não deixaram passar em claro nenhuma ocasião para deitar abaixo o treinador, promovendo uma campanha ridícula de deturpação de algumas das suas frases redondas. Como exemplo, a célebre frase proferida por Adriaanse: “Se eles quiserem que eu me vá embora… mostrem os lenços!”, os jornais estamparam: Se mostrarem os lenços… eu vou-me embora! É bem diferente!!!
O Holandês começou por ser afável e ingénuo com os jornalistas, tornando-se presa fácil para alguns algozes mal intencionados, tornando-se posteriormente arrogante e sobranceiro, facto que outros tomaram como razão para lhe malhar ainda mais.
2. A derrota caseira com o Benfica que não acontecia há 14 anos foi um golpe bastante duro para o orgulho de todos os portistas.
3. A performance na Liga dos Campeões, num grupo onde Glasgow Rangers e Artmedia eram claramente adversários acessíveis, criou ainda mais anti-corpos no clube.

Se somarmos estas situações com os ridículos esquemas tácticos que Adriaanse engendrou para enfrentar a Naval e o Rio-Ave, temos preparado um clima extremamente tenso que teve como consequência as inenarráveis e abomináveis agressões e intimidações perpetradas ao treinador à saída do centro de estágio.

Posso compreender, mesmo sem aprovar, a sua posição sobre Jorge Costa. Posso compreender, mesmo sem concordar, a sua opção por Helton. Posso compreender, mesmo sem gostar, que a derrota caseira com o Benfica alguma vez tinha que acontecer. Posso compreender, mesmo achando inconcebível, que a eliminação na Liga dos Campeões é futebol…
Mas o que não consigo compreender é que um treinador mantenha um esquema de jogo perfeitamente desajustado para as características dos seus jogadores e dos adversários. O que não consigo perceber é que se dêem férias atrás de férias, folgas atrás de folgas, com evidente prejuízo para o rendimento da equipa. O que eu não consigo perceber é que a aposta num treinador que voltasse a unir o balneário esteja a resultar exactamente no contrário. Estas são as minhas 3 críticas a Adriaanse… não preciso de o insultar nem exijo a sua cabeça, o que eu quero é ele pare para meditar e pense no que é melhor para o grupo. O que eu quero é que ele volte a fazer do meu Porto uma equipa de futebol que valha pena acompanhar para todo o lado e não um bando de jogadores sem sentido de grupo.

Força Porto!!!!

Mas que raio…

Adriaanse começa a desesperar qualquer adepto portista. A mim, que era dos que tinha posições menos radicais em relação à sua pessoa, o homem já começa a irritar, e de que maneira, fruto essencialmente da estratégia louca com que encarou estes últimos dois jogos.
Como disse num Post anterior, a estratégia é má… mesmo o 3x4x3 que poderia porventura ser utilizado frente a equipas de menor dimensão, é miserável porque é mal interpretado e não tira partido da vantagem numérica do meio-campo. É inconcebível ver Quaresma tão amarrado a tarefas tácticas, é idiota montar uma estratégia atacante e ser tudo menos uma equipa de cariz ofensivo. Ah e tal… mas em dois jogos os adversários não criaram uma oportunidade de golo. É verdade mas isso acontece porquê? Porque o meio-campo tem mais preocupações defensivas do que ofensivas e mesmo os alas estão muito mais limitados nas suas manobras. Se eu não sei dançar o Tango não me vou armar aos cágados numa pista de dança… se Co Adriaanse não sabe montar uma equipa em 3x4x3 para quê tentar fazê-lo? Jogue simples…
Não vou comentar o jogo com o Rio-Ave porque não estou com mínima disposição para isso… só digo que se salvaram as grandes exibições de Ivanildo e Pepe.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Lucho é "baixa" para Vila do Conde...

O médio argentino sofreu uma distensão do ligamento lateral interno do joelho direito durante os trabalhos de hoje do FC Porto, não se sabendo de momento o tempo de paragem do atleta.
Sabendo da importância de Lucho na equipa, antevêem-se enormes dificuldades para Co Adriaanse colmatar esta "baixa".
Que jogador substituirá o internacional argentino em Vila do Conde? Aceitam-se apostas!

Rir de si próprio!!!

Até estes já gozam com isto!!! Se não fosse algo tão sério dava mesmo vontade de rir!

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Vocês sabem de que jornal isto vem, não sabem? Por isso, não é preciso colocar link nenhum!

domingo, janeiro 22, 2006

Estratégia de risco!

Image hosting by PhotobucketCo Adriaanse não gosta de derrotas! Depois do desaire frente ao Benfica, revolucionou com sucesso a equipa dando-lhe mais consistência e objectividade. Depois da derrota na Amadora, nova revolução aconteceu… esta com mais probabilidades de fracassar. Analisemos a estratégia:
Comecemos pelo início… Baía foi para o banco e Helton foi o dono da baliza. Não existem jogadores intocáveis… Baía é um símbolo e uma referência do clube mas não pode estar acima dos interesses colectivos da equipa. É de alguma forma lógico que depois de um erro, o outro guarda-redes tenha hipóteses de demonstrar o seu valor… Helton é um grande guarda-redes, tendo algumas características técnicas superiores ao 99 portista. Foi uma decisão de risco de Adriaanse… que ele terá que assumir e ser totalmente responsável por ela.
A defesa compôs-se apenas de três elementos: Ricardo Costa, Pepe e Cech. Ficando reservado a Bosingwa um papel de trinco mais recuado que auxiliava o centro da defesa quando isso fosse necessário. No meio-campo Ibson e Lucho com evidentes preocupações de cobertura defensiva. No frente de ataque, Adriano e Lisandro, flanqueados por Quaresma e Alan.
Não gosto do sistema! Parece atacante mas tirando os quatro da frente, limita os movimentos ofensivos dos restantes elementos e potencia situações de risco desnecessário para a defesa. Uma vez que o FêCêPê tem carências nas laterais da defesa, um esquema parecido com este mas onde os três elementos da defesa fossem mais estáticos parece-me mais adequado. Um 3x4x3 onde dois dos elementos do meio-campo Bosingwa e Ibson teriam preocupações de cobertura e outros dois, Diego e Lucho poderiam jogar mais soltos. No ataque: Quaresma, Adriano e Lisandro. Para a baliza escolheria Vítor Baía, apesar de compreender e aceitar a opção de Adriaanse.

As minhas escolhas: Baía; Pepe, Pedro Emanuel e Ricardo Costa; Bosingwa, Ibson, Lucho e Diego; Quaresma, Lisandro e Adriano.

Um golpe no escuro

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Fernando(p.b.)

Image hosted by Photobucket.comCo Adriaanse empreendeu uma revolução na equipa, que analisaremos mais em pormenor num Post próximo, e a verdade é que não surtiu efeitos palpáveis. Saíram da equipa: Baía, Pedro Emanuel, Paulo Assunção, Diego e Jorginho, passando o F.C.Porto a jogar num 3x3x4. As vozes de comando saíram, deixando a equipa orfã da sua experiência e autoridade.
Desde o apito inicial, o FêCêPê esteve sempre mais perto da grande área da Naval mas nunca foi um domínio avassalador... um domínio que não deixasse a equipa da Figueira da Foz respirar. Pelo contrário, os Figueirenses atreviam-se no ataque e mesmo sem criarem situações de perigo, criavam alguns calafrios e situações de vantagem numérica, muito por culpa da estratégia defensiva montada. À passagem dos trinta minutos e quando já se notavam alguns focos de nervosismo nas bancadas e no relvado, um jogador da Naval tenta desviar um cruzamento de Ricardo Quaresma mas a bola só parou no fundo das redes de Taborda. O F.C.Porto acalmou o jogo e os quinze minutos finais da primeira parte foram de bom nível.
Ao intervalo, Adriaanse que viu o jogo da bancada, trocou Lisandro por Diego, alterando o 3x3x4 para um 3x4x3. Diego trouxe qualidade, velocidade e capacidade de penetração ao jogo portista, mas remava praticamente sozinho. Duas ou três oportunidades foram desperdiçadas, em todas elas Ibson e Diego foram os protagonistas principais. A Naval não criou um oportunidade clara de golo mas não foram poucas as vezes que Pepe teve que entrar à queima por ser o último jogador da defesa.
A vitória é justa mas a exibição foi pobre… salvaram-se os três pontos. A estratégia defensiva tem que ser muito bem pensada, Sr. Adriaanse.

Image hosted by Photobucket.comPositivo:

- Ibson: Exibição excelente do médio Brasileiro. Grande equipa a que se pode dar ao luxo de ter um jogador deste calibre no banco de suplentes. Com o decréscimo de rendimento de Paulo Assunção, Ibson tem que ser titular.

- Diego: 45 minutos de grande nível do fantasista Brasileiro. A condição de suplente parece ter-lhe feito maravilhas e voltou aos relvados com “ganas” de mostrar que tem condições de ser titular. Se jogar como o fez na 2ª parte o lugar é seu.

- Pepe: Adriaanse reservou-lhe uma tarefa de enorme responsabilidade mas ele saiu-se impecavelmente dela. Jogando só no eixo defensivo não lhe era admissível qualquer lapso ou falha de concentração… cumpriu a 100%. Muito bem!

Negativo:

- Estratégia: É de risco, potencia falhas defensivas e não é tão atacante como parece já que os jogadores de meio-campo ficam bastante limitados nas acções ofensivas. A rever com urgência.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

F.C.Porto - Naval 1º Maio

21 de Janeiro, 21H15 - Estádio do Dragão Pessoa

F.C.PortovsNaval 1º Maio

SportTV


AdrianoDepois da derrota na Amadora e da agradável exibição frente ao Dínamo de Moscovo, é com alguma expectativa que se aguarda o jogo de Sábado frente à Naval 1º de Maio. Desde que acabaram as férias prolongadas de Natal, o F.C.Porto tem feito exibições muito fracas se comparadas com as que estava a fazer antes dessa paragem. Nota-se que alguns jogadores influentes na manobra da equipa baixaram bastante de forma, nomeadamente Paulo Assunção, Lisandro, Quaresma e mesmo o próprio Lucho, deixando a equipa orfã do seu génio individual que repercute necessariamente no colectivo.
Esta talvez seja uma altura para mudar qualquer coisa na estrutura da equipa… não digo que o sistema de jogo deva ser revolucionado mas algumas mexidas poderiam ser bastante úteis: Aproveitar o facto de Ricardo Costa jogar como defesa-direito para fazer subir Marek Cech tornando-o praticamente um médio-esquerdo. Isto também implicaria que Lisandro, deixasse muitas vezes o corredor esquerdo e pudesse jogar mais próximo do ponta-de-lança; Trocar Raul Meireles por Paulo Assunção que está numa fase muito má; Fazer alinhar Adriano como avançado-centro, para que finalmente possamos dizer que temos um rato de área… alguém que possa surpreender as defesas contrárias com a sua movimentação. Se Lucho não puder dar o seu contributo à equipa, Ibson deverá tomar o seu lugar.

A minha proposta para a equipa que Co Adriaanse fará alinhar amanhã:
Baía; Ricardo Costa, Pepe, Pedro Emanuel; Raul Meireles, Cech, Lucho, Diego; Quaresma, Lisandro e Adriano.

A verdade desportiva ao jantar

Comunicado no site oficial do F.C.Porto!

O restaurante "O Sapo", em Penafiel, é o ponto de encontro de quem gosta de comer, não em qualidade mas, em quantidade. Dos que gostam de comer muito a qualquer preço. Mas aparece por lá cada cromo... ontem foram mais dois.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Não se percebe...


É de facto ridículo aquilo que se tem vindo a registar nesta liga portuguesa... Quando em Inglaterra treinadores são investigados pelo facto de haver suspeita de abordagem a um jogador vinculado a outro clube, aqui na nossa Pátria à beira mar plantada, fazem-se todas as trafulhices possíveis e imaginárias... Ora vamos lá começar.
Fonte, ex-Setubal, não joga com o Benfica pelos motivos que todos sabemos;
Marcel, jogador da Académica, deu-lhe também uma "valente dor de cabeça" que o impossibilitou de jogar frente ao mesmo clube, mas no dia seguinte, com um ben-u-ron no papo, já estava a dar toques de cabeça na luz.
A novela Moretto está mais que badalada... não merece muitos mais comentários.
E os mais recentes jogos são a continuação da bonita novela para seis milhões de portugueses que assistimos o ano passado. Já para não falar em acções do Estoril e no jogo Estoril-Befica do ano passado e no ridículo castigo ao Nuno Gomes e etc, etc.
Tudo bem que existam lances polémicos e difíceis de analisar, só é pena que em caso de dúvida os bebeficiados são sempre os que têm a àguia ao peito... Lamentável.

Agora falando em coisas decentes: Parece ter chegado ao Estádio do Dragão uma das soluções que o plantel precisa, ponta de lança que marque golos. Porque a meio da época, um médio ser o melhor marcador da equipa não é muito vulgar... veremos este fim-de-semana.

Castigo a Co Adriaanse...

O treinador principal do FCPorto, Co Adriaanse, foi castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com uma suspensão de 15 dias, devido a protestos, visando a equipa de arbitragem, na partida que opôs o FCPorto à Naval 1º de Maio em jogo referente à quinta eliminatória da Taça de Portugal, que o FC Porto venceu por 2-1. O holandês falha assim a recepção à Naval e a deslocação a Vila do Conde para o desafio frente ao Rio Ave.
Isto tudo na semana em que Nuno Gomes foi punido com uma multa de 450 euros pelo famoso gesto de Braga.
Tal como na época passada, começam a "cair" castigos esquisitos para tudo o que veste azul e branco.
Sensação de "déjà-vu"...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Obrigado Ministro! Obrigado Ninja!

Costinha e Derlei foram dois jogadores nucleares da grande equipa... do grupo fantástico que nos levou à conquista da maior prova do mundo por clubes. Para mim, foram sempre um exemplo de empenho ao trabalho e dedicação à camisola, mesmo quando, como o ano passado, as suas exibições não eram as melhores. Hoje, quando subirem ao Dragão com a camisola do Dinamo de Moscovo, espero que os portistas, que não são de modo algum ingratos, os recebam como merecem:
Uma grande ovação como reconhecimento... como agradecimento!

Obrigado Ministro! Obrigado Ninja!

Curtas

Desaire - À distância de três dias do desastre da Reboleira, a razão toma o lugar da emotividade e o jogo pode ser escalpelizado de uma forma mais correcta. Se é verdade que a defesa meteu água, não é mentira que o meio-campo não trabalhou suficiente e que ao ataque faltou garra. Se a isto juntarmos alguma sobranceria do FêCêPê e um relvado em estado lastimoso… encontramos os ingredientes perfeitos para uma derrota. Que venha depressa o próximo jogo.

Reforço/Blackout - Adriano já treinou no centro de estágio do Olival. É um avançado rápido, matreiro e exímio no jogo aéreo… algo que tem faltado à frente de ataque do F.C.Porto. Não vou escrever sobre as necessidades nas zonas mais recuadas, pois isso é mais do que sabido… tenho é pena que o blackout imposto no Dragão impeça que as informações mais recentes sobre o reforço cheguem a quem mais lhes interessa estas coisas: Os adeptos! Acho que está na altura de acabar com isso… aos adeptos não basta que fale apenas o presidente.

Presidente - Por falar em presidente… quem vê o “Trio de Ataque” na RTPN à terça-feira à noite, costuma ouvir leituras de emails de portistas incentivando Rui Moreira à candidatura à presidência do F.C.Porto. Não é que ele não tenha perfil para isso, pelo contrário, acho-o muito ponderado e com qualificações para as funções. Tem, no entanto, um óbice bastante grande: Tem a simpatia da generalidade dos adeptos rivais.
Há uns tempos, um amigo já de elevada idade dizia-me com cara de caso: “Quando Pinto da Costa sair… eles vão tentar fazer-nos de lorpas outra vez!” Não concordo muito com essa afirmação… mas no entanto é preciso tomar precauções!

Colinho - Não gosto de dar demasiada importância a quem não a tem, mas a arbitragem de Artur Soares Dias no Benfica-Académica foi demasiado má para não ser comentada. Foi má mas até podia ser entendida como um acidente de percurso se não viesse na sequência de outras que tais: Benfica-Estrela, Benfica-Nacional, Braga-Benfica… só para citar os mais escandalosos. Voltaram a pegar o menino… tentam levá-lo ao colo!

domingo, janeiro 15, 2006

O regresso do pesadelo da defesa

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Maurício, Coutinho; Lucho

Image hosted by Photobucket.comAdriaanse iniciou o jogo com o nada surpreendente onze: Baía, Ricardo Costa, Pepe, Pedro Emanuel e Cech; Assunção, Diego e Lucho; Quaresma, Lisandro e Jorginho.
Mas o que há a dizer da primeira-parte do F.C.Porto é muito pouco… aliás, é demasiado para quem quisesse discorrer e não conseguisse conter um rol de desabafos a um conjunto de jogadores que desde Baía até Lisandro foi uma caricatura de uma equipa de futebol. Semedo, Rui Borges e Manu fizeram em farrapos uma estratégia que ninguém chegou a perceber qual seria. 2-0 para o Estrela ao intervalo com dois golos estranhos: O primeiro num desvio na barreira num livre marcado por Maurício e o segundo numa falha colectiva da defesa onde se inclui Baía e tudo... um remate de longe de Coutinho.
Image hosted by Photobucket.comPara a segunda-parte, Adriaanse operou uma verdadeira revolução no onze: Hugo Almeida, Ivanildo e Alan entraram para os lugares de Quaresma, Jorginho e Pedro Emanuel. Os efeitos foram visíveis de imediato e desde logo o FêCêPê instalou-se no meio-campo do Estrela, criando algumas situações de perigo para a baliza de Paulo Lopes. À passagem dos 60 minutos, um grande passe de Paulo Assunção isolou Lucho Gonzalez e o Argentino sem deixar a bola cair reduziu a diferença. A partir deste golo e ao contrário do que se poderia esperar, o F.C.Porto abrandou e passou a bombear a bola para a frente… criando perigo muito esporadicamente. Alan e Ivanildo poucas vezes conseguiam chegar à linha e as vezes que o conseguiam Hugo Almeida ou Lisandro não arrajavam forma de colocar a bola nas redes do Estrela.
Vitória justa do Estrela da Amadora que mereceu o triunfo pelo que fez na primeira parte.

Positivo:

- Lucho Gonzalez: É difícil encontrar alguém que mereça nota positiva… talvez o marcador do golo. Na segunda-parte foi dos mais esclarecidos e um dos que não desesperava por colocar a bola nos avançados de qualquer forma.

Negativo:

- 1ª parte: Má demais. Um candidato ao título não pode fazer uma primeira parte tão negativa. Não foi só a defesa que se viu surpreendida pela velocidade dos homens mais avançados do Estrela… o meio-campo não conseguiu pegar e segurar o jogo e o ataque nunca impôs respeito ao adversário.

- Jorginho: Tenho defendido o Brasileiro… acho que implicaram com ele de uma forma desagradável e que só pode ser negativa para ele e para a equipa mas neste jogo Jorginho não fez nada digno de registo para além das bolas que perdeu. Tudo parece que lhe sai mal…

- Sector defensivo: É demasiado trabalhoso colocar aqui todos os jogadores que o mereciam… quase todos deveriam estar cá mas os elementos do sector defensivo salientaram-se de uma forma especial, principalmente na primeira-parte. Ricardo Costa foi um passador, Pepe ligou o "complicómetro", Pedro Emanuel parecia mais velho 10 anos e Marek Cech confirmou o que eu já suspeitara: É desastrado a defender.

sábado, janeiro 14, 2006

Rescaldo da 1ª volta

O FCPorto começa amanhã na Amadora a 2ª volta da Liga. Num jogo teoricamente difícil, num campo pequeno e sem muitas condições, o Porto defronta o Estrela (actual 10º classificado). Mais um jogo importante na caminhada que todos esperamos que nos leve ao título nacional!
Com a 1ª volta cumprida, somos os primeiros classificados com 6 pontos de vantagem em relação ao Benfica e Nacional da Madeira. Em 17 jogos, somamos 12 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota. Melhor ataque, 3ª melhor defesa… pouco mais se podia pedir.

Factos positivos da 1ª volta:

Disciplina - que diferença em relação à época passada! Mérito indiscutível de Co Adriaanse.

Futebol apresentado - apesar de algumas oscilações da equipa durante alguns jogos, a verdade é que o Porto tem tido muitos momentos em que faz os seus adeptos desfrutar verdadeiramente do jogo.

Quaresma - o melhor jogador da Liga durante a 1ª volta! Tem evoluído muito enquanto jogador de equipa, e mais uma vez tem de se dar o mérito a quem o tem… Co Adriaanse!

Lucho e Lisandro - a dupla argentina tem sido transcendental no bom momento da equipa.

Defesa – depois das enormes dificuldades apresentadas no início da época, a equipa melhorou muito a nível defensivo, especialmente a partir do regresso de Pedro Emanuel após lesão. Mas não esquecer Pepe, que tem sido muito importante e que apesar de alguns erros “frutos” da sua juventude, está melhor a cada dia que passa!

Paulo Assunção - tem sido um gigante no meio-campo! Muito do equilíbrio demonstrado pela equipa deve-se a este jogador.

Factos negativos da 1ª volta:

Pontos perdidos no Dragão – até ao momento o Porto perdeu 7 pontos no seu estádio (mais de metade dos pontos perdidos na 1ª volta).

Sonkaya – já se percebeu que dificilmente o turco terá espaço no plantel azul e branco. Teve algumas oportunidades ainda no início da época, e de facto pouco ou nada provou. Mostrando-se sempre lento e dando sempre muito espaço ao jogador que tem de marcar, o internacional turco rapidamente saiu das contas de Adriaanse.

Laterais – quer à esquerda, quer à direita, Co Adriaanse “passou” a 1ª volta a adaptar um jogador para essas posições com as consequentes dificuldades que daí advêm. Se na direita Bosingwa e Ricardo Costa fizeram o posto, na esquerda era César Peixoto que parecia ter agarrado o lugar até se ter lesionado na última jornada. Veremos o que vale Marek Cech…

McCarthy – sendo o melhor ponta-de-lança do plantel, a verdade é que não tem feito por merecer o lugar. Parecendo muitas vezes contrariado, não rendeu o necessário na primeira metade do campeonato. Apenas 1 golo até ao momento contra 3 de Hugo Almeida.

Agora vamos esperar para ver o que a 2ª volta nos reserva!
Para já… Campeões de Inverno!!!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Larsson e o F.C. do Porto

O internacional sueco ao ser confrontado com o interesse dos Dragões, disse não querer comentar o assunto e disse estar interessado em cumprir o seu contracto até ao fim no Barcelona, sendo que vê uma porta aberta no onze catalão com a saída de Eto'o para disputar a Taça das Nações Africanas pelo seu país os Camarões, tudo apontava para que Henrik Larsson fosse cedido ao F.C. do Porto até final da temporada, mas ao que parece o jogador do "Barça" está em vias de regressar ao seu país no final da época.

Curtas

Image hosted by Photobucket.com1. O jornal Ojogo afirma no sua edição de hoje que o F.C.Porto assegurou Adriano(ex-Nacional) por empréstimo até ao final da época, com direito de opção de compra do passe do atleta. Em face das necessidades do sector mais avançado da equipa, Adriano não é um nome que crie grandes expectativas na massa adepta portista mas tem algumas vantagens que é necessário salientar: Está adaptado ao futebol português, vem por empréstimo e tem no currículo algumas épocas de muita qualidade no Nacional da Madeira e onde chegou a marcar 17 e 19 golos por temporada.

2. Na Quarta-feira, em Tábua, dois adeptos do F.C.Porto que foram assistir ao Tourizense-Benfica, desprovidos de qualquer adereço que os ligasse imediatamente ao emblema do Dragão, foram esfaqueados por adeptos do Benfica, estando um deles ainda no hospital inspirando bastante cuidados. Se esta situação se passasse com as cores invertidas, seria notícia de abertura dos telejornais, os jornais já tinham ido falar com as famílias das vítimas, a apologia da não-violência nos estádios invadiria os media e mais uma vez os adeptos do clube das Antas seriam os cruéis algozes do desporto e da paz no futebol.
Quando ponho os olhos nos jornais de hoje, quase todos procuram esquecer bem depressa este episódio.

Image hosted by Photobucket.com3. A segunda-volta reserva ao F.C.Porto as seguintes saídas: Amadora, Vila do Conde, Belém, Luz, Setúbal, Coimbra, Alvalade, Penafiel e Bessa. Como se pode constatar, ao FêCêPê ainda restam todas as saídas a Sul: Estrela, Belenenses, Benfica, Setúbal e Sporting.
É por isso necessário o apoio dos portistas que vivem na zona Sul do país. É preciso que a força do nosso clube não se faça sentir apenas em Guimarães ou em Braga... todos sabemos que há cada vez mais portistas em Lisboa e nos arredores, é necessário que eles apareçam nesta fase tão decisiva e nestes jogos fundamentais para o futuro do campeonato.

4. Luisão e Karagounis "pegam-se" no treino!; Treino acaba com incidente entre Anderson e Miccoli.
Com os exemplos que vêm de cima... não é de estranhar!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Fraco ou muito fraco?

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Saulo(gp); Diego, Lucho(gp)

O F.C.Porto passou à eliminatória seguinte da Taça de Portugal, com uma vitória sofrível frente à Naval 1º de Maio.
Co Adriaanse obrigado a fazer alterações no onze, colocou Bosingwa à direita da defesa, Cech à esquerda, Meireles a trinco e Jorginho por troca com Hugo Almeida. Desde cedo se percebeu que o FêCêPê deste jogo só deveria ter duas velocidades: Lento... ou parado. Em quase todo jogo foi isso que aconteceu... muita lentidão, inúmeros passes falhados e incapacidade para saír com a bola controlada. A solução mais fácil(põe no "Cigano" que ele resolve) também não surtia efeito. Jorginho e Lisandro tinham vontade mas pouco engenho, Lucho perfumava mas não lavava, Diego tentava remar contra a maré... mas a verdade é que a corrente de mau futebol estava muito forte. Tudo isto, somado a um relvado muito duro e irregular e a um adversário pouco importado em jogar futebol, contribuiu para uma primeira parte ao nível de uma terceira divisão... da Moldávia. A única excepção foi a jogada do golo portista... um trabalho colectivo excelente! Durante a primeira-parte salvou-se a defesa, tirando uma desatenção de Bosingwa que deixou um jogador da Naval cabecear à vontade criando um lance de algum perigo.

Ao intervalo, Adriaanse trocou e bem, Quaresma por Alan mas faltou a entrada de Ibson para o lugar do desastrado Raúl Meireles. Nos primeiros instantes a Naval pareceu querer espevitar o jogo mas foi Bruno Paixão que o conseguiu, ao assinalar um penalti muito discutível contra o F.C.Porto. Saulo chutou contra Marek Cech, que a menos de 1 metro do lance viu a bola bater-lhe no braço direito... parece-me que não haveria razão para a marcação do castigo máximo. A partir do golo da Naval, os portistas acordaram e utilizando principalmente o corredor esquerdo de Alan e Cech Image hosted by Photobucket.compartiram para cima dos homens da Figueira.. mas sempre em ritmo de passeio. Até que, perto dos 80 minutos de jogo, Alan, tinha que ser, desmarca-se bem pela esquerda,
centra... e a bola bate no peito de um jogador da Naval indo posteriormente embater-
lhe no braço. Bruno Paixão marcou canto, mas o auxiliar corrigiu-o e assinalou penalti. Mais uma lance bastante duvidoso... quanto a mim, também aqui não haveria razão para penalti. Lucho converteu o castigo e sentenciou a eliminatória que caminhava perigosamente para uma extensão de 30 penosos minutos.
O F.C.Porto acaba por ser um justo vencedor porque a Naval não fez nada para merecer uma nesga de sorte... apenas por isso.

Positivo:

- 1º Golo do F.C.Porto: Jogada excelente! Marek Cech, tira muito bem um adversário do caminho, endereça a Quaresma na esquerda, com dois toques e em trivela ele centra para a área... Jorginho no primeiro poste tenta chegar à bola, não o consegue mas tira Taborda da jogada e Diego aparece nas costas a empurrar para o fundo das redes.

- Alan: Melhor jogo de Alan com a camisola portista. Rápido e tecnicista... é um ala precioso especialmente quando é necessário jogar em contra-ataque. Foram dos seus pés que saíram os lances de maior perigo da segunda-parte.

Negativo:

- Raúl Meireles: Tem a seu favor a pouca rotina de jogo mas os inúmeros passes falhados, alguns deles muito comprometedores não são admissíveis. A destruír jogo não esteve mal mas ele tem qualidades para muito mais.

- Lisandro: Mau jogo do Argentino. Jogou como ponta-de-lança mas nunca conseguiu criar perigo na área. Quando voltou para a direita melhorou um pouco mas ontem não estava nos seus dias.

- Relvado: À primeira pareceu-me que o problema era da bola. A Teamgeist parecia uma "saltitona", nunca estava junto à relva, não colava ao pé. Mas não... o problema estava mesmo no relvado, um piso muito duro e mal cuidado onde dificilmente alguém conseguirá jogar futebol junto à relva.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Naval 1º Maio - F.C.Porto

11 de Janeiro, 20H45 - Estádio Municipal José Bento Pessoa

Naval 1º MaiovsF.C.Porto

RTP1


Image hosted by Photobucket.com5ª Eliminatória da Taça de Portugal!
O F.C.Porto desloca-se à Figueira da Foz para jogar frente à Naval 1º Maio, a um estádio que já visitou esta época tendo então vencido por 2-3, com 2 golos de César Peixoto e um de Hugo Almeida.
Sem menosprezar esta prova, Co Adriaanse deveria utilizar este jogo para testar em competição novas soluções no plantel e dar rodagem a jogadores que estão “tapados”, isto sem diminuir a capacidade competitiva da equipa, já que a eliminatória está longe de ser acessível.

Equipa possível:
Helton; Ibson, Pepe, Pedro Emanuel, Cech; Raúl Meireles, Lucho e Diego; Quaresma, Lisandro e Jorginho.

Image hosted by Photobucket.comHelton deveria ser títular na Taça... um guarda-redes excelente, credor de uma enorme confiança junto do treinador e dos adeptos. À direita da defesa, Adriaanse poderia experimentar Ibson, posição a que o médio Brasileiro não é estranho já que foram bastantes as vezes que a ocupou no Flamengo. No centro não se toca... Pepe e Pedro Emanuel estão a jogar muito bem e precisam de jogos para cimentar o sincronismo mútuo. À esquerda, Marek Cech é a única opção. No meio-campo, Raúl Meireles deveria ocupar o lugar do castigado Assunção. Lucho e Diego manter-se-iam. No ataque, Quaresma à esquerda, Lisandro ao centro no lugar de Hugo Almeida e Jorginho à direita.

Apoiar a Sul

Image hosted by Photobucket.comEm semana de visita à Amadora e na sequência de alguns comentários no Post anterior, onde alguns portistas de Lisboa escrevem que recusam ir à Amadora por não se sentirem seguros, propunha que descrevessem experiências negativas que já viveram ao acompanhar o FêCêPê na região de Lisboa.
Confesso que sempre que fui a Lisboa ver o meu clube, levei sempre o meu cachecol ao pescoço e nunca fui importunado... será que foi apenas sorte?
A caixa dos comentários é vossa!

* Foto retirada do site dos SD

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Jornais Desportivos

Antes de mais peço imensa desculpa por ser distraído! Mas alguém me poderia informar quem é o líder do campeonato português de futebol?
É que só tive oportunidade de ver as capas dos jornais desportivos, e com tanto vermelho, suponho que o 1º classificado com alguma distância seja o Benfica. Certo?
Desculpem-me se estiver enganado!


Dever Cumprido

Image hosted by Photobucket.com 1-0 Image hosted by Photobucket.com

Quaresma;

Diego já lá vaiVitória justa do F.C.Porto, num jogo onde o resultado foi bastante melhor que a exibição.
Adriaanse fez subir ao relvado do Dragão a equipa que se esperava, substituindo McCarthy por Hugo Almeida. Desde o apito inicial, foi notória a intenção das duas equipas: O FêCêPê intentava chegar ao golo... o Boavista utilizava todos os meios para que os azuis e brancos não o conseguissem. Quaresma, alvo de marcação cerrada e por vezes violenta de Hélder Rosário, cedo passou para a direita onde o ex-portista Areias parecia ser uma presa mais macia. Por duas vezes trocou-lhe os olhos... mas na área não havia quem concluísse as assistências primorosas. O meio-campo portista lutava com galhardia e trabalhava bem a bola mas faltava profundidade ao ataque. Até que, depois de uma excelente arrancada de Diego que foi rasteirado à entrada da área, Quaresma transformou de forma primorosa o livre consequente e fez o primeiro e único golo da partida. Até ao intervalo, realce para um excelente remate de Lucho que por pouco não surpreendeu Carlos.
Image hosted by Photobucket.comNo início do segundo tempo, como resultado das substituições efectuadas por Carlos Brito, o meio-campo portista afundou-se. Não conseguia pegar no jogo, os passes saíam transviados... faltou algum pulmão e clarividência durante este período. Talvez a entrada de Ibson para o lugar de Diego tivesse sido útil. Especialmente pelo lado de Peixoto, o Boavista criava situações de desequilíbrio colocando os portistas em sentido. Quaresma desapareceu, Diego idem aspas... Lucho não chegava para tudo, Assunção estava bem a defender mas desastroso no passe... valiam Pedro Emanuel e Pepe que nunca perderam um lance, quer pelo ar quer pelo chão. Com as entradas de Cech, Jorginho e Alan, o F.C.Porto voltou a ter a preponderância no jogo, criando duas ou três oportunidades para alargar a vantagem.
Vitória justa dos portistas, especialmente pelo que fez na primeira parte. Já são seis os pontos que separam o primeiro dos segundos.

Positivo:

- Golo de Quaresma: Execução fantástica... potência incrível! Zé Manel ainda tocou ao de leve na bola mas esta quase não sofreu alteração de rota. Quaresma voltou a revelar-se o abre-latas do FêCêPê mas realizou um jogo abaixo do que tem feito. Especialmente na segunda-parte, o Cigano desapareceu no jogo e por vezes até se esqueceu de ajudar a tapar o seu flanco. É preciso que Quaresma continue a jogar para a equipa... sempre!

- Pepe: Excelente exibição deste central que tem subido a sua produção jogo a jogo. Não perdeu um lance e procurou sair com a bola controlada da defesa criando desequilíbrios no último reduto do adversário. Costuma ser sinal de enorme confiança...

Negativo:

- Alas da defesa: Se Ricardo Costa não compromete a defender... Peixoto é uma boa ajuda a atacar. Mas enquanto o primeiro não consegue atacar... o segundo é vulnerável a defender. Manuel José fez dele o que quis. Mesmo assim, a lesão grave sofrida é de lamentar mas também uma oportunidade para ver o que vale o Eslovaco Marek Cech.

- Hugo Almeida: Tinha uma oportunidade para mostrar que merece mais do que o banco... mas desperdiçou-a. Não consegue fugir às marcações, é lento a largar a bola e pouco crente na concretização das oportunidades que se lhe deparam.

sábado, janeiro 07, 2006

F.C.Porto - Boavista

8 de Janeiro, 20H45 - Estádio Do Dragão

PortovsBoavista

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Domingo à noite há Derby da Invicta no Dragão. O FêCêPê está em primeiro e pode aproveitar a escorregão do Nacional para aumentar para 6 pontos a vantagem para os seus mais directos perseguidores.
McCarthy, ao serviço da selecção da África do Sul, é a única baixa no onze que tem jogado as últimas partidas. Co Adriaanse, forçado a mexer na equipa, deverá cingir-se a essa alteração forçada, mantendo a estrutura que vem ganhando e convencendo.
Duas soluções para a vaga de McCarthy: Hugo Almeida, que substituiria directamente o Sul-Africano; Ou Jorginho, que ocuparia o flanco direito do ataque passando Lisandro Lopez para o centro. As duas hipóteses tem vantagens e inconvenientes mas parece-me que a entrada de Hugo Almeida seria preferível: Lisandro é um avançado que joga muito bem por fora, aparecendo inúmeras vezes em zona de finalização. Jorginho, está a subir de forma mas é um risco colocá-lo de início porque ainda existem adeptos portistas que confundem o lobo com o cordeiro.
Quem for ao Dragão com vontade de assobiar... que fique em casa! Vamos lá entrar em 2006 com o pé quente!

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Anderson já chegou!

Image hosted by Photobucket.comChegou ao final da manhã o primeiro reforço portista (podem escrever que não vai ser o último, não vem ninguém para a defesa mas para o ataque, o ponta-de-lança está quase garantido... e não vai ser Marcel) para a reabertura do mercado. Chega ao FêCêPê a troco de uns módicos 5 milhões de euros por 70% do passe... será que vale cada cêntimo gasto?

O potencial de Anderson é enorme... quem passar pelos sites e blogues de futebol no Brasil pode ler apreciações atónitas de alguns adeptos em relação ao futebol que ele já apresenta. Foi considerado o melhor jogador do campeonato do mundo de sub-17, o herói da subida do Grémio de Porto Alegre ao Brasileirão, um garoto prodígio com personalidade e vontade de ser alguém no futebol mundial.

Image hosted by Photobucket.comMas nem tudo vai ser fácil para Anderson na Europa. A adaptação ao clima, ao estilo do futebol europeu, às exigências de um plantel de grande qualidade, ao rigor dos treinos... isto juntando a idade do atleta, adivinham-se dias de sacrifício para ele. É necessário que todos os portistas encarem Anderson como uma promessa e um investimento forte do clube. Se começarmos a exigir-lhe o mundo, o mais normal é que nem uma mísera ruela consiga conquistar. Co Adriaanse também tem uma grande tarefa pela frente: Anderson é um jogador em bruto, sem cultura táctica, não é um jogador de equipa, ainda não tem posição definida no terreno, tanto pode jogar atrás do ponta-de-lança, na esquerda ou como avançado.
A paciência dos adeptos, a perseverânça do treinador mas também a sua vontade de evoluir, serão por isso fundamentais para fazer brilhar este diamante.

Bemvindo Puto!

Grandes Jogadores : Madjer o "Artista"

Rabah Madjer nasceu a 15/02/1958, em Argel. Teve uma carreira exemplar durando o seu percurso, por toda a parte onde passou... ganhou. Foi um produto argelino dos anos setenta. A sua carreira está ligada directamente ao F.C. do Porto equipa com a qual venceu a Taça dos Campeões Europeus em 1987 frente ao Bayern de Munique da Alemanha. É ao NAHD (Hussein-Dey), nas camadas jovens de 1972 a 1973 e nos seniores de 1973 a 1983, que os argelinos agradecem a descoberta deste mágico da bola. Madjer vai conhecer todas as competições internacionais a nível de selecção, destacando-se os Quartos de Final dos Jogos Olímpicos de 1980 em Moscovo, a Final da Taça das Nações Africanas de 1980 na Nigéria, dois Campeonatos do Mundo : de 1982, em Espanha, notabilizando-se num célebre jogo frente à R.F.A. (ex-Alemanha Ocidental) no qual a selecção da Argélia bateu a sua congénere por 2-1, tendo marcado o primeiro golo; e de 1986, no México.
Depois do Campeonato do Mundo de 82, Madjer enfrentou os responsáveis do futebol Argelino, indignado com uma lei que não permitia aos jogadores com menos de 28 anos de deixar o país. Com inúmeras propostas da Europa, permaneceu sem competir durante meses antes de aceitar retornar ao NAHD com a promessa de partir para o estrangeiro no ano seguinte. Em 1983 assinou pelo “Matra” Racing Club de Paris (1983/1985). Antes de ingressar em 1985 no clube dos Dragões, Madjer teve uma breve passagem pelo Tours (1985), clube que o foi buscar ao Racing de Paris.
Nas Antas conhece momentos de glória e delicia os adeptos azuis e brancos com os seus pés de velude e a sua arte de jogar à bola. Quem não se lembra do calcanhar de Viena? Venceu todas as competições em que participou (Taça de Portugal, Campeonato de Portugal, Taça dos Clubes Campeões Europeus, Taça Intercontinental, Taça das Nações Africanas em 1990, o Balão de Ouro Africano, a famosa Toyota Cup, em Tóquio, etc., etc. ... ). Em 1988 foi para o Valência de Espanha, mas esta passagem revelou-se breve e fugaz, não cumprindo sequer uma época no futebol espanhol. Regressou às Antas onde cumpriu já sem grande brilho alguns anos de dragão ao peito. Abandonou a sua carreira de futebolista em 1991, para agarrar outra carreira, a de treinador, como adjunto na selecção do seu país, a Argélia, até 1992, para nos anos seguintes se tornar seleccionador principal (1993/1994). Regressou novamente ao F.C. do Porto para treinar os juniores entre 1995 e 1996, seguindo-se o Al Wakra do Qatar(1998/1999), com o qual é Campeão Nacional em 1999. Nesse mesmo ano voltou à selecção da Argélia onde se manteve até 2002. Decide abandonar o futebol, mas ainda vai participando em acções humanitárias relacionadas com o desporto-rei. Em 19 de Dezembro último, assinou um contrato de seis meses para treinar o Al Rayyan (Qatar), onde sucedeu Luis Fernandez, de partida para Israel. O clube encontra-se no 6º lugar do campeonato do Qatar e é um dos clubes de elite do seu país, onde o dinheiro não falta... que o digam os irmãos De Boer da Holanda ...

Bilhete de Identidade :
Nacionalidade: Argelina
Data Nascimento: 15-20-1958
Altura: 1,78m
Peso: 69kg
Clubes: Onalait d'Hussein-Dey (1972/1973), MA Hussein-Dey (1973/1983), RC Paris (1983/1985), Tours (1985), FC Porto (1985/1988), FC Valência (1988/1988) e FC Porto (1988/1991)

Palmarés como jogador :
«Bola de Ouro» Africano: 1987 (foi 2º em 1985 e 3º em 1990);
Taça de África das Nações: 1990
Taça dos Clubes Campeões Europeus: 1987
Taça Intercontinental: 1987
Supertaça Europeia: 1988
Campeão de Portugal: 1986, 1990
Taça da Argélia: 1979
Taça de Portugal: 1991
Supertaça de Portugal: 1986, 1991
Fases finais do Campeonato do Mundo: 1982, 1986
Melhor jogador Argelino: 1987
Jogador Africano do Século: Prémio da União dos Futebolistas Africanos
5º melhor jogador Africano do século (IFFHS)
Internacionalizações: 87 (marcou 40 golos).

Palmarés como treinador :
Adjunto na selecção Argelina : 1991, 1992
Treinador principal da selecção Argelina : 1993, 1994 e de 1999 a 2002.
Treinador dos juniores do FC Porto : 1995, 1996
Al Wakra (Qatar): 1998, 1999*
Al Rayyan (Qatar): 2005, ...
*Foi campeão nacional no Qatar, em 1999.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Accionista maioritário do Estoril ou director-geral do Benfica? Talvez as duas coisas!

A insolvência da SAD do Estoril e o fim da equipa de futebol sénior é um cenário cada vez mais próximo da realidade, pois os investidores, interessados em ser accionistas e/ou em resolver os problemas mais imediatos, continuam a não surgir.
Miguel Pisco, presidente do Estoril até ao passado dia 1 de Dezembro, diz que é muito difícil o aparecimento de investidores. “Veiga é detentor das acções e o responsável que pode receber uma importância que não torne complicado o surgimento de investimentos. Mas não faz sentido injectar dinheiro numa empresa em que não se é accionista maioritário. Aliás, quem quiser sê-lo precisará de 1,5 milhões de euros.”
Isto tudo fez-me lembrar o jogo da época passada entre o Estoril e o Benfica realizado no estádio do Algarve. Na altura o Estoril estava a lutar para não descer de divisão e mudou o seu jogo para o Algarve colocando o Benfica a jogar… “em casa”. No mínimo surpreendente! Depois ainda tivemos as declarações de Litos e Carlos Xavier em que alegadamente José Veiga se tinha dirigido aos mesmos falando-lhes de um possível despedimento. Sendo José Veiga o principal accionista do clube da Linha… estava apenas a exercer o seu direito!
No meio disto tudo, apenas fico com uma dúvida, sendo o Sr. Veiga director-geral do Benfica e accionista maioritário do Estoril, e tendo em conta que os dois clubes disputaram o mesmo campeonato da época passada, terá sido isto concorrência desleal?
Para finalizar deixo-vos com uma afirmação de António Figueiredo (dirigente canarinho e antigo membro da direcção encarnada) proferida antes desse mítico encontro Estoril-Benfica. À pergunta sobre por qual das equipas iria torcer, António Figueiredo não se deixou ficar e respondeu desta forma “engraçada”, "Espero que o resultado não impeça o Benfica de ser campeão e o Estoril de se manter"… Digam lá que não é delicioso!

Pedroto – Um portista não pode esquecer

Image hosted by Photobucket.comFoi há 21 anos que José Maria Pedroto morreu, contava então 56 anos. O Saudoso “Zé do Boné” não foi apenas o treinador que devolveu a alegria desportiva às gentes do Porto ao conquistar o campeonato depois de um jejum de 19 anos... ele foi o impulsionador de uma nova mentalidade desportiva e sociológica que ajudou a libertar o Norte de certos estigmas, enraízados no coração do povo por causa da ditaduta de Salazar e Marcelo Caetano.

Nasceu em Lamego em 1928, no seio de uma família de 11 irmãos. Foi jogador do Leixões, V.R.S.A., Belenenses e F.C.Porto, transferindo-se do clube da Cruz de Cristo para a Invicta por uma verba record à altura. Sagrou-se Campeão Nacional em 56/57 e 58/59, quebrando um registo de 19 anos sem triunfos. Foi um dos melhores jogadores da década de 50, tendo sido 14 vezes internacional pela selecção portuguesa.

Como treinador, começou por trabalhar com as camadas jovens, tendo depois passado pela Académica, Varzim, Leixões, Setúbal, Guimarães, Boavista e claro... F.C.Porto. Ganhou por duas vezes a Taça de Portugal pelo Boavista, em Setúbal fez um grande brilharete nas competições europeias e tirou dois segundos lugares no campeonato ao leme de cada uma destas equipas.
Quando em 1976, Pinto da Costa foi promovido a chefe do departamento de futebol, a sua primeira medida foi fazer regressar Pedroto, que já tinha tido uma passagem pelos comandos da equipa em 67/68 conseguindo então ganhar uma taça de Portugal, saindo em 1969 em litígio com o presidente Afonso Pinto de Magalhães. Logo no ano de regresso, consegue voltar a erguer a Taça e entra na época 77/78 com uma frase parecida com esta:
Estamos aqui para ganhar o título! Podem chamar-nos de lunáticos, obcecados ou fanáticos... isso não nos importa!

Image hosted by Photobucket.comEra um treinador estudioso, metódico e com métodos revolucionários... muito à frente do seu tempo, falava constantemente da necessidade de colagem aos métodos que se praticavam por essa europa fora. Mais do que um visionário, foi o homem que lutou pelo profissionalismo em todo o futebol português e fez com que áreas como a preparação física e psicológica fossem tidas como preponderantes, bem como o uso de elementos estatísticos. O seu discurso foi sempre de enorme confiança e de bastante dureza para com os rivais lisboetas, que o apelidavam de lunático e arrogante! A verdade é que para gáudio de 80 mil portistas nas Antas, muitos milhares do lado de fora do estádio e muitos mais milhares por toda a cidade, o F.C.Porto bateu o S.C.Braga no último jogo do campeonato de 77/78 sagrando-se Campeão Nacional 19 anos depois. Voltou a ganhar o título na época seguinte e só perdeu o tri-campeonato por manisfesta falta de sorte. Saiu do clube em 1980 em litígio com o presidente Américo de Sá por este ter estado, alegadamente, a confraternizar no balneário do Benfica depois de uma final perdida no Jamor. Apenas regressou quando Pinto da Costa foi eleito presidente do F.C.Porto. Então, iniciou a construção da equipa que iria conquistar o mundo. Em 1983/84 levou os Dragões à final da Taça das Taças frente à Juventus, mas já não pôde estar em Basileia por se encontrar já bastante doente. Durante alguns períodos desse ano, orientou a equipa desde casa, reunindo-se diariamente com António Morais o seu adjunto que o substiuía nos treinos e nos jogos.

A José Maria Pedroto os portistas devem muito do ego desportivo... devem muitas das glórias de que se orgulham. Antes de Pedroto... éramos conhecidos por Andrades e tínhamos pavor de atravessar uma singela ponte! Depois dele, transformamo-nos em míticos Dragões e conquistamos o mundo por duas vezes!

Obrigado Zé!

Frases Célebres:

"As gentes do Porto são ordeiras porque, se não fossem, há muitos anos teriam recorrido à violência perante os enganos dos árbitros que têm decidido da perda de muitos campeonatos e Taças de Portugal."

"No FC Porto não há contestatários maricas, nem os problemas se levantam, porque nunca chegam a existir".

"Jorge Nuno Pinto da Costa, para além de ser um cidadão respeitável, afirmou-se como um competentíssimo dirigente. A ele se deve, em grande parte, a projecção que o FC Porto atingiu, a nível nacional e europeu. O tempo há-de fazer-lhe justiça."

"O verdadeiro calcanhar de Aquiles do nosso futebol reside no simples facto de quase todos pensarmos que, quando saímos dos estádios, já não somos profissionais de futebol".

"Não tenho dúvidas de qualquer espécie de que ao Artur Jorge não faltará onde trabalhar e que, em qualquer parte, triunfará. Mas também acredito que vai ser no FC Porto que ele acabará por ser revelar como um homem predestinado para a direcção e comando de equipas de futebol".

"Numa equipa de futebol, um brasileiro é muito bom, dois começa a ser perigoso, três é uma escola de samba".

Diálogo que se conta, Pedroto terá tido com um atleta que gostava de jogar “à Salgueiral”:
Pedroto - Filho! Esta bola é feita de quê?
Atleta - De couro, mister!
Pedroto - E o couro donde vem?
Atleta - Da vaca, mister!
Pedroto - E a vaca come o quê?
Atleta – Relva, mister!
Pedroto – Carago! Então joga a bola pela relva que ela gosta!