O primeiro mundial que me recordo foi o de Espanha em 1982. À falta da Selecção Portuguesa, o Brasil, de Zico, Sócrates e Falcão, era a minha selecção favorita mas, Karl Heinz Rummenigge, Paolo Rossi e Tardelli ficarão para sempre nas minhas memórias futebolísticas. A celebração do golo de Tardelli na final frente à Alemanha permanece intocável como a mais fantástica celebração de um golo que alguma vez assisti.
O Mundial do México em 1986, contou com a presença da Selecção Nacional. Os jogos eram a horas impróprias para um puto de 10 anos, mas o meu pai permitiu-me ver os jogos de Portugal. Poupou-me à humilhação do último jogo com Marrocos e decidiu não me acordar. Ainda hoje lhe agradeço por aquelas maravilhosas horas de sono. Quando os “Magriços” regressaram a casa… fiquei a torcer pela Inglaterra de Gary Lineker, caída às mãos de Diego Maradona. O segundo golo do astro Argentino frente à Inglaterra onde sozinho desgraça toda a defensiva Inglesa, resiste nas minhas lembranças como o melhor golo de sempre em jogada individual.
1990 - Itália, o Mundial voltava a não contar com Portugal. Um Mundial que tem em Schillaci e o quarentão Roger Milla, as suas maiores figuras e onde à final chegam duas equipas medianas só pode ser considerado fraco. Um dos piores mundiais a nível de futebol!
Em 1994, o Mundial foi desviado para a terra do Tio Sam, a FIFA partiu em busca de outros mercados que não apenas o Europeu e Sul-Americano. Portugal voltou a primar pela ausência e eu fiquei a torcer pela Holanda, passando com o decorrer do Mundial a ter uma costela Búlgara, com o seu quarteto Stoitchkov, Lechkov, Balakov e Kostadinov, outra Nigeriana com Yekini, Amokachi, Finidi, Okocha e Kanu e ainda outra Sueca com Kenneth Andersson, Thomas Brolin e Henrik Larsson. As estrelas do mundial foram Romário e Bebeto, numa selecção Canarinha que nunca deslumbrou.
O Mundial voltou à Europa em 1998, sendo jogado em França. As minhas preferências voltaram-se novamente para a Holanda. A grande surpresa da prova foi a Croácia que chegou às meias-finais graças a um fantástico Davor Suker. Na final, a grande equipa francesa, onde sobressaiu Zinedine Zidane, humilhou o Brasil goleando por 3-0, tornando-se de forma justa Campeão Mundial.
Em 2002, a FIFA voltou a procurar a diferença. O Mundial foi desviado para a Ásia, mais precisamente para a Koreia e Japão. Portugal acalentava enormes expectativas nos seus patrícios mas aos 20 minutos do primeiro jogo já perdíamos 3-0 com os EUA. Desilusão Lusa com França e Argentina a não fazerem melhor. Das favoritas, restavam o Brasil e a Itália, mas os Transalpinos foram empurrados porta fora, às mãos da Coreia, por uma das mais vergonhosas arbitragens que tenho memória. O Brasil, chegou à final tendo como único obstáculo complicado a Inglaterra nos quartos-final, enquanto a Alemanha conseguiu o feito de alcançar a final jogando com Paraguai, EUA e Coreia nos oitavos, quartos e meias-finais. Com uma equipa vulgaríssima, os Germânicos foram batidos na final pelo Brasil que nunca apresentou futebol ao nível de um Campeão do Mundo.
Em 2006 os favoritos são, Brasil e França, aparecendo em segundo plano equipas como Itália, Inglaterra e Argentina, e num terceiro plano, Holanda, Alemanha, Rep.Checa, Espanha e Portugal. Portugal tem uma equipa forte, especialmente do meio para a frente, mas a condição de forma de Costinha e Maniche e a ausência de Jorge Andrade podem ser determinantes para alguma inconsistência defensiva.
Uma equipa… uma Bandeira! Força Portugal!