União... Mística... e Paixão! VENÇAM!

Na fantástica cidade do Porto vive um povo que não verga, um clube que não desiste e um orgulho que pode ser combatido... mas nunca derrubado!
Nada a dizer sobre a justiça da vitória do Sporting. Pelo que o Porto não fez na primeira parte, os de Alvalade são uns justos vencedores.
O Porto iniciou o jogo com Alan e Quaresma nas alas, procurando Jesualdo utilizar as transições rápidas pelas faixas para criar perigo e servir o ponta de lança Adriano. Mas as coisas começaram a emperrar quando o meio-campo do Porto se viu impotente para suster as constantes trocas de bola e as movimentações inteligentes dos jogadores leoninos. Lucho, Meireles e Assunção para além de muito macios, encostaram à defesa, não pressionaram alto, deixando muito espaço para o adversário explorar. Resultado disto, para além de um evidente ascendente do Sporting na primeira parte, a ligação com o ataque não saía tal era o fosso que separava os homens do meio e os da frente. Paulo Bento, explorou o flanco de Fucile para carrilar o jogo. Djaló, Romagnoli, Nani e Tello, todos caíam naquele lado... não tendo o Porto jogadores suficientes para tanto vendaval, já que Lucho chegava invariavelmente tarde, enquanto Quaresma demitiu-se simplesmente de defender, achou que o seu talento não se dignificava com tão reles tarefa. Para Quaresma, o mais importante era evidenciar, expor o seu talento, mesmo que esse exibicionismo fosse prejudicial à equipa... e ontem foi-o bastante.
Na segunda-parte, Jesualdo trocou Alan por Postiga e o FêCêPê subiu de rendimento. Finalmente havia alguém que conseguia ligar o meio-campo com o ataque. O golo do Sporting surgiu contra a corrente e a partir daí só um milagre poderia devolver a igualdade ao jogo.
Na minha opinião, o Porto não perdeu o jogo por causa do treinador, se há algo a apontar-lhe foi não ter trocado Alan por Postiga mais cedo e ter permitido que Quaresma ficasse em campo os 90 minutos. O FêCêPê foi derrotado porque a atitude dos jogadores foi miserável e displicente. Que falta fez a raça de Bosingwa e Lisandro! Claro que para a grande maioria dos adeptos é mais fácil atirar culpas ao treinador, à SAD, aos suspeitos do costume, ao diabo a quatro, do que admitir que os seus meninos bonitos tenham responsabilidades na derrota.
Mantemos o primeiro lugar... mas as coisas já estiverem muito melhores.
Melhor em Campo - Polga: Sem dúvidas!
Arbitragem - Pedro Henriques: : Habilidoso! Na segunda parte achou que devia equilibrar a partida e apitou a tudo contra os azuis. Mas não foi por aí.
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Num campo tão aziago para o FêCêPê e em vésperas de defrontar os mais directos opositores ao título nacional, anteviam-se dificuldades na visita dos Dragões à Madeira. Jesualdo, optou por fazer descansar Meireles e Lisandro, o facto de estarem a um amarelo de falharem o jogo do Sporting também não deve inocente... e fez alinhar Ibson e Renteria. O Brasileiro lesionou-se muito cedo e o Colombiano esteve bastante discreto. A história do jogo conta-se em linhas breves: O Porto chegou cedo à vantagem, dilatou-a ainda na primeira-parte e a partir daí tentou controlar as operações, acabando o jogo com o coração nas mãos devido ao golo do Marítimo.
Não deixa de ser hilariante, a preocupação que se vive em relação à lesão de Bruno Alves. Riso... muito riso!
Melhor em Campo - Pepe: Não vi o jogo com a atenção que queria, mas pareceu-me que o central Brasileiro fez um jogo fantástico. Pelo ar ou pelo chão... é tudo dele. É um verdadeiro eucalipto... seca tudo à sua volta!
Arbitragem - João Ferreira: : Pareceram-me erros a mais para um árbitro só. O jogo foi algo faltoso, mas o árbitro nunca soube impor-se convenientemente, deixando cartões por mostrar e faltas por assinalar. Dois lances na área, um para cada lado, suscitaram dúvidas... mesmo na repetição não tenho certezas. Certezas só tenho no fora de jogo inacreditável tirado a Ricardo Quaresma quando ele se preparava para fazer o terceiro golo.
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Quando vi a equipa que Jesualdo escalara para o jogo de Londres fiquei aterrorizado. Seria possível alguém cometer o mesmo erro duas vezes, na mesma cidade? Mas a verdade é que o Porto fez uma primeira-parte de altíssimo nível táctico, principalmente durante a primeira meia-hora do jogo. Durante esse período, o Chelsea foi relegado para a mediocridade... com uma pressão enorme sobre os homens do meio-campo de Mourinho, o Porto não deixou jogar os milionários do Chelsea, as bolas só chegavam a Drogba e Sheva com futebol directo e aí, Pepe e Bruno Alves mostravam-se imperiais. Mesmo Ricardo Costa não mostrava os habituais sinais de nervosismo, enquanto Assunção estava intratável na recuperação de bola e Lucho excelente no controlo e no passe. O F.C.Porto privilegiava a posse de bola, mantendo os sectores compactos e unidos... procurando os espaços vazios para desenvolver os seus lances ofensivos. O Golo de Quaresma é um exemplo perfeito do que o Porto procurava... Mourinho provava do seu próprio veneno!
Mesmo a perder, o Chelsea não conseguia ir para cima do Porto e foram precisos dois erros individuais (Helton e Pepe) para conseguirem criar situações de golo. Mas nos últimos 15 minutos da primeira-parte algo mudou: O miolo do Porto recuou, deixou de pressionar os de Londres em zonas mais altas do terreno e com isso perdeu-se o controlo do jogo do Chelsea.
Mas o pior estava reservado para o início da segunda-parte: Helton, qual Mata-Hari, numa intervenção infeliz, fez o empate. O Porto abanou... mas não caiu. Quando tentava rectificar posições e posicionamentos, Jesualdo mexe... e para não variar, mexe mal. A entrada de Ibson para o lugar de Cech é compreensível, procurava-se dar mais posse de bola, mais capacidade de condução da bola e de rompimento. Já a entrada de Adriano por Raul Meireles... para quê tão cedo? A eliminatória estava empatada e trocar um trabalhador do meio-campo, que até não estava a jogar mal, por um avançado mais estático, na minha opinião, não lembrava ao diabo! A partir daí, tirando uma boa incursão de Ibson, o F.C.Porto desapareceu do relvado de Stamdford Bridge. Jesualdo partiu a equipa, desligou os sectores, criou um abismo entre o meio-campo e o ataque... e não foi de estranhar que o Chelsea chegasse à vitória, num lance em que os centrais do Porto não ficam nada bem na fotografia.
Para terminar, três pontos:
1. É notória a paupérrima condição física que a equipa do Porto revela e que já vem de longe. Que saudades da saúde física que tínhamos na época passada.
2. Ainda estou perplexo em relação à equipa do Chelsea: Como é possível jogarem tão pouco, tão feio e tão mal?
3. Nestes dois jogos com Mourinho, Jesualdo procurou demonstrar algo... e eu não sei bem o quê. No Dragão, acabou o jogo com apenas dois médios e quase perdia o jogo. Em Londres, tentou virar a mesa cedo demais e deu-se mal. Para quê isto, professor?
Melhor jogador em campo - Paulo Assunção: Tal como na primeira-mão, Assunção voltou a ser um gigante, especialmente na primeira-parte. Incrível como se impôs ante o enorme poderio físico dos Londrinos. Destaque também para as enormes exibições da primeira-parte de Bruno Alves, Lucho e Fucile.
Arbitragem - Roberto Rosetti(Itália): Perfeito!
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Em noite de eclipse lunar, quem se eclipsou foi a equipa do F.C.Porto, manietada por um S.C.Braga, que tirando pequenos períodos do jogo, dominou os acontecimentos no relvado do Dragão. Porquê? Porque Jesualdo quis que Adriano fizesse de Postiga, mas o Brasileiro é muito diferente do avançado Português... e não estou a referir-me à qualidade mas apenas a características. É que isto do futebol não é só trocar um avançado por outro e esperar que corra bem. O que se passou foi que Adriano foi demasiado estático e não conseguiu segurar a bola em zonas avançadas do campo, não permitindo à equipa subir no terreno, perdendo claramente a luta do meio-campo. É a velha estratégia militar do cimo do monte: Quem se está no plano mais alto tem vantagens estratégicas óbvias. Isto parece um pormenor, mas no jogo de ontem foi fulcral. Se a opção de Jesualdo é jogar com a maior capacidade concretizadora de Adriano, o Porto só tem duas alternativas: Ou priviligia o jogo exterior, com Lisandro e Quaresma mais encostados às faixas e com uma ajuda efectiva dos laterais, que ultimamente têm sido pouco audazes nas incursões ofensivas... ou então, mais simples mas tremendamente menos eficaz e menos bonito, faz jogo directo para Adriano. O que não pode é esperar que Adriano segure a bola, aguente a pressão dos defesas, aguarde que a equipa suba no terreno e distribua o jogo, que eram as funções de Postiga, além de ter ainda a responsabilidade de fazer golos. É que a forma mais estática de Adriano cria um problema a Lisandro, que não tem o espaço de penetração que tinha com as constantes movimentações de Postiga. E isso foi perceptível na baixa de rendimento de Lisandro no jogo de ontem... para não falar na péssima exibição de Ricardo Quaresma.
Foi um exibição fraca do Porto, mas os três pontos foram óptimos num jogo que se antevia muito complicado.
Melhor em Campo - Bruno Alves: Fantástico! Está cada vez mais seguro. Domina o jogo aéreo, impõe-se pela sua compleição física e até já vai na dobra de Pepe. Alguém consegue admitir mais um engano... ou ainda há dúvidas?
Arbitragem - Olegário Benquerênça: : Uma má arbitragem. O penalti que Lucho desperdiçou só existiu na cabeça dele. A partir daí, complexado, foi prejudicando o F.C.Porto, distribuindo amarelos ridículos aos azuis e perdoando aos Bracarenses. Coisas da lei da compensação.
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