A re-análise do plantel - Parte IV – O treinador

Análise a Adriaanse na primeira metade da época

O Parte II

A 2ªparte da época começou com a revolução táctica, na sequência da derrota com o Estrela da Amadora. A equipa passou a apresentar-se no sistema 3x3x4 e com ele encerrou algumas modificações importantes: a substituição de Baía por Helton e o protagonismo dado a Pepe e a Paulo Assunção resultaram numa clara melhoria do sector defensivo a que não são alheios os excelentes momentos de forma destes 3 elementos. Como grande curiosidade deste novo sistema destaco o paradoxo da equipa ter passado a ser muito mais eficaz defensivamente (com menos 1 jogador) e menos eficaz ofensivamente (com mais 1 jogador). Destaco ainda o facto do resultado desta alteração táctica não ter sido uma estratégia do treinador tendo-o inclusive surpreendido, como ele próprio reconheceu na recente entrevista ao jornal “O Jogo”.

Algumas semanas mais tarde, após o jogo com o Rio Ave em Vila do Conde, dá-se o segundo momento relevante desta 2ªparte da época: desagradados (???) com o empate da equipa alguns elementos da claque SuperDragões tentam agredir o técnico Co Adriaanse à saída do Centro de Treinos do Olival, chegando a destruir parcialmente o carro em que ele se deslocava. Este facto, em vez de enfraquecer a posição do treinador e de o levar a abandonar o FCP, como seria o propósito dos adeptos referidos, teve como consequência o reforço do apoio da SAD ao treinador e a união dos jogadores em torno do treinador o que em termos concretos se traduziu num fortalecimento do grupo, uma das chaves do sucesso desta época. Reflexos acessórios foram a instauração de mais um blackout e a perda (felizmente) de suporte que as claques tinham junto da SAD portista.

Em termos de futebol a equipa venceu mas nunca convenceu demasiado, chegando aos 2 jogos com o Sporting (Taça e Campeonato) a necessitar de os vencer para que a época ficasse coroada com títulos. Felizmente caíram as 2 vitórias para o nosso lado, mas para mim foi ténue a diferença entre a vitória e a derrota. Tudo isto não retira obviamente os méritos que são devidos ao treinador.

Após as vitórias frente ao Sporting, praticamente foi só cumprir calendário até levantar as 2 Taças, porque a grande confiança que a equipa demonstrava já não a podia desviar dos títulos!

Em resumo Co Adriaanse foi muito mais pragmático na abordagem desta 2ªfase, escolheu um modelo implementou-o e foi fiel até ao fim na sua utilização ultrapassando 2 grandes barreiras na sua história: venceu derbies e ganhou títulos. Parabéns ao “mister”!


Aspectos positivos (porque o que é bom deve ser salientado):
Todos os anteriormente referidos se mantiveram e “transferem-se” para aqui os anteriormente negativos;
Capacidade de vencer os jogos decisivos (com o Sporting e com o Setúbal na final da Taça);
Conquista de títulos que passaram a enriquecer o seu curriculum.

"Last but not the least" o ENORME profissionalismo que demonstrou no momento doloroso em que lhe faleceram o pai e a mãe.

Aspectos negativos (porque o que é mau não deve ser esquecido):
Dos anteriormente referidos o treinador melhorou nos jogos “grandes e na questão táctica;
Nos restantes não houve alterações de relevo, continuando eu a achar que relativamente à questão das escolhas dos jogadores/substituições e da insistência em alguns jogadores se mantém pouco “perceptível”!


Uma última nota para a extensa entrevista que deu ao jornal “O Jogo” e para as contratações e dispensas anunciadas:

A entrevista tem pontos excelentes como a análise que ele faz ao Quaresma e outros em que o acho pouco esclarecido e claro como os motivos de algumas escolhas e afastamentos (excepção feita ao caso do Postiga, que ele acusa de falta de aplicação, o que dado o que já tinha acontecido no tempo do Mourinho não me provoca admiração).

Das contratações anunciadas não percebo o critério da escolha do Diogo Valente (ao que parece não é uma escolha dele mas ele aceita-a) e estou completamente de acordo na necessidade de um “homem-golo”.
Das dispensas não consigo entender a do César Peixoto (que mereceu sempre a confiança do treinador e que podia ter uma oportunidade na posição “deficitária” de ala esquerdo), nem a eventual relutância em deixar sair jogadores como Ricardo Costa, Bruno Alves e Alan (que pelos vistos têm todos interessados). Quanto aos empréstimos de Bruno Vale, Ivanildo, Paulo Machado ou até Hélder Barbosa estou perfeitamente de acordo.


Um abraço a todos os portistas.

P.S.: Daqui a 2/3 dias vou publicar o resultado da avaliação (com notas de 0 a 20) ao plantel do FêQuêPê, feita pelos colaboradores deste blog (eu, o Aníbal, o André e o Nuno)!

Modalidades: fim-de-semana azul e branco!

Hóquei em Patins: FÊCÊPÊ é Pentacampeão Nacional!

O FC Porto sagrou-se este fim-de-semana campeão nacional de hóquei em patins pela 5ª vez consecutiva ao vencer o Juventude de Viana por 2-1 no Pavilhão de Fânzeres. Ao intervalo o FC Porto perdia por 0-1, mas nessa altura o “penta” era já uma realidade devido à derrota do Benfica em Barcelos. Na 2ª parte do jogo, os golos de Reinaldo Garcia e Pedro Gil deram um brilho mais intenso à festa azul e branca.
O FÊCÊPÊ conquista assim o 15º título nacional da sua história.

Andebol: Taça de Portugal conquistada pelo Dragão!

Realizou-se neste fim-de-semana a final-four da Taça de Portugal de andebol em Lagoa, com a vitória final a pertencer ao FÊCÊPÊ!
Depois de nas meias-finais de sábado ter levada de vencida a equipa do São Bernardo, o FC Porto disputou a final da prova com o Sporting. Num jogo equilibrado e intenso, que só foi resolvido após prolongamento, o FÊCÊPÊ acabou por ser melhor e vencer por 28-27.
Na despedida do grande capitão Rui Rocha, nada melhor que o próprio levantar a 6ª Taça de Portugal do palmarés do nosso clube!

Nota Final: Para quando a construção do pavilhão que as modalidades do nosso clube tanto merecem?

Viena - 19 anos depois

"Inesquecível mas não Irrepetível!"

Gelsenkirchen - 2 Anos Depois...

"Inesquecível, mas não irrepetível!"

Promessas... o que fazer com elas?

Adriaanse parece disposto a dar uma oportunidade a Vieirinha e deverá incluí-lo no lote que irá para estágio de pré-temporada.
O F.C.Porto tem inúmeras promessas que por falta de oportunidades não se têm conseguido impôr no clube... o que fazer com eles? Jogadores como Ivanildo, Márcio Sousa, Vieirinha, Paulo Machado, João Dias, Bruno Vale, Bruno Gama, Helder Barbosa, João Pedro, Nuno Coelho. Tirando a questão do ponta-de-lança que marque golos, que é premente ser resolvida, temos aqui soluções para praticamente todas as posições no terreno. Os extremos Ivanildo, Vierinha, Helder Barbosa, Bruno Gama; Os médios mais defensivos Paulo Machado e Nuno Coelho; O defesa-direito João Dias; O defesa-central João Pedro; O criativo Márcio Sousa e o guarda-redes Bruno Vale ou mesmo Rui Sacramento;
A minha pergunta é: Se a SAD optasse por contratar apenas um ponta-de-lança, mantivesse a estrutura base da equipa (17 ou 18 jogadores) que venceu o título o ano passado e integrasse alguns destes jogadores (5 ou 6) nas posições em que está carenciado, alas e defesa principalmente... como encarariam a situação? Os adeptos queixam-se que não se aposta nos jovens mas os exemplos deste ano, quando muitos portistas assobiaram o Ivanildo, deixam-me apreensivo em relação à pressão a que estes jovens jogadores são sujeitos quando têm a possibilidade de jogar na equipa principal. Claro que eles têm que aprender a conviver com a pressão, mas penso que noutros tempos os jovens jogadores do clube eram muito mais acarinhados e os adeptos dispensavam-lhes uma grande paciência. Veja-se o caso do primeiro jogo do Ricardo Carvalho frente ao Salgueiros: O rapaz deu uma enorme fífia que permitiu ao Salgueiral inaugurar o marcador e os portistas presentes no Estádio das Antas aplaudiram-no e incentivaram-no... isso hoje era possível? Duvido bastante...

Imagem retirada do blog "Esperança Portista"

Indiana Co: Em busca dos Golos Perdidos

Co Adriaanse já traçou um objectivo claro para esta pré-temporada: Encontrar um avançado que garanta golos. No actual plantel, Adriano é único jogador com vocação para ser goleador. Lisandro Lopez, também vinha com esse rótulo mas o treinador Holandês colou-lhe outro por cima e agora ninguém sabe qual é o verdadeiro.
Mas para a próxima época não é só na cabeça da área que são necessários reforços... as alas estão carenciadas pois neste momento apenas Quaresma garante qualidade e assistências.
Quem gostavam, sem utopias, de ver no F.C.Porto para estas duas posições específicas?

Rodrigo Palacio do Boca Juniors seria uma contratação fantástica, mas não sei se possível do ponto de vista financeiro. Lucho Figueiroa, também seria uma boa contratação mas o facto de não ter sido muito bem sucedido na Europa, traz alguns riscos. Nas alas, Duda do Málaga é uma opção mais do que lógica...

A re-análise do plantel - Parte III - O ataque

ATENÇÃO: Em itálico, a análise feita a meio da época!

Excelente nas alas e sofrível no miolo, julgo serem os melhores adjectivos para caracterizar o ataque portista este princípio de época. Com 4 bons jogadores para a posição de ponta-de-lança, pensavam os portistas que golos não faltariam opções e golos, mas afinal entre “mortos e feridos” estamos perante outro “calcanhar de aquiles” do nosso FêQuêPê!
Melhorou o miolo e decaíram um pouco as alas, pelo que o resultado final foi melhor mas sem deslumbrar. A falta de opções efectivas e algumas opções discutíveis terão sido factores que não permitiram a máquina de ataque prometida no início da época…

Ivanildo: Lançado na fase final da época passada é um dos poucos jogadores da cantera lançados nos últimos anos. Jogador com raça, rápido e destemido (apesar de abusar às vezes do drible o que não se pode condenar neste início de carreira) é um atleta que me agrada e de quem espero a explosão. Tem tido poucas oportunidades este ano o que se lamenta porque, sem minutos nas pernas, não será fácil a sua progressão.
Nas oportunidades que teve não confirmou os predicados e foi um jogador com pouca qualidade e objectividade, o que coloca um ponto de interrogação quanto ao seu futuro próximo no FCP e a eventual opção/necessidade de o colocar sob empréstimo.

Quaresma: Vénias para o artista... Harry Potter, Mustang e Cigano são algumas das alcunhas deste artista de excepção que em boa hora trouxemos de Barcelona. Dribles fantásticos, cruzamentos de trivela e golos estratosféricos merecem, só por si, o dinheiro do bilhete de entrada no estádio. Scolari que nem se atreva em não o levar ao Mundial! O grande valor acrescentado de Co Adriaanse residiu na transformação de Quaresma num jogador completo. O 3ºmembro do quarteto maravilha.
Embora tenha decaído um pouco na 2ªparte da época, especialmente ao nível da eficácia no remate (muito por fruto de marcações mais fortes dos adversários), foi um dos grandes responsáveis pelos êxitos do FCP nesta época e não merecia estar fora do Mundial! A rever também a sua atitude no capítulo disciplinar (em Alvalade, ficou-me na retina a entrada sobre Tonel e as bocas ao treinador quando foi (bem) substituído…).

Alan: Apesar de ter sido dado como dispensável na pré-época, ficou e esteve relativamente bem no início da época com alguns golos e assistências (embora nunca tivesse justificado por aí além a titularidade). É dos elos mais fracos nas alas do ataque pelo que não será fácil justificar muitos minutos de jogo.
Teve bastantes oportunidades na 2ªfase da época, mas sinceramente não entendo porquê, surgindo aos olhos de muitos adeptos como mais um fetiche do treinador? Apesar do seu voluntarismo, não é tecnicamente letal, nem muito eficaz naquilo em que devia ser – as assistências. Para mim, nem a falta pontual de alternativas nas alas, justifica o seu lugar no plantel principal de uma equipa como a nossa, pelo que é bom que procuremos alternativas para a próxima época.

Lisandro Lopez: Mais uma descoberta de alto gabarito feita na terra das Pampas. Só não é uma completa surpresa para mim, porque tinha visto um vídeo dele na Argentina e já tinha ficado impressionado com o seu poder de fogo. Se não têm sido as lesões iniciais, provavelmente não estaríamos hoje eliminados das competições europeias. Muitas vezes comparado ao Ninja Derlei, apesar de iguais características de raça e determinação, penso que lhe ganha claramente em técnica, inteligência e qualidade de remate. Se tudo correr “normalmente” será o goleador do FCP em 2005/06. O 4ºmembro do quarteto maravilha.
Perdeu para Pepe o lugar no quarteto maravilha na 2ªfase da época, embora para mim não esteja minimamente em causa a sua enorme valia. Prejudicado por algumas opções discutíveis do treinador e por jogar muitas vezes fora da sua posição, também é verdade que teve deficientes prestações em alguns jogos. Apesar de tudo, ainda foi dos melhores goleadores do FCP esta época. Não tenho dúvidas que depois de um merecido descanso e de uma pré-época em condições, vai ser determinante no FCP 2006-07, transformando o quarteto maravilha, no mínimo, em quinteto maravilha.

McCarthy: Uma desilusão! Entre as novelas do sai ou fica, das tranças e das cabeleireiras e a quantidade de jogos em que Adriaanse o manteve sentado no banco não pode/não quis mostrar mais do que uma pálida imagem daquele excelente atleta das épocas passadas. Parece, ainda que palidamente, a recuperar a forma, mas se se confirmar a sua ida à CAN 2006, não voltaremos a contar com ele proximamente. Só admito que continue no FCP se o fizer de corpo e alma.
Melhorou depois do regresso da CAN mas, apesar de ter sido sempre opção do treinador, raramente mostrou o “poder de fogo” que se impunha. O síndroma dos postes não pode justificar a sua baixa eficácia e apesar de ter sido um jogador de equipa bastante razoável, os portistas sentem que podia ter rendido consideravelmente mais. Duvido seriamente que justifique um lugar no plantel para a próxima época.

Hugo Almeida: Alto e possante é uma referência no ataque quando o FCP precisa de um jogo mais directo. Para que se possa tornar um jogador de top precisa de melhorar a colocação do seu forte remate e de perceber que nem sempre rematar em força é a melhor opção quando tem a bola nos pés.

Percebeu que rematar em jeito também é uma virtude (em Coimbra) mas de forma geral continua a demonstrar pouca maturidade e consistência quando é chamado, podendo apenas argumentar em seu favor que as oportunidades também não abundaram. Não sei muito bem qual será a melhor alternativa para o clube, mas se houvesse uma proposta razoável eu vendia.

Sokota: Com o estigma de ter sido uma contratação para “chatear” o rival Benfica, precisará de fazer muitos bons jogos e golos, para apagar essa imagem. É possante e joga bem de “costas para a baliza”, mas a sua capacidade de finalização merece evidentes reparos. Após meia dúzia de jogos em que não foi feliz, lesionou-se gravemente e só quando regressar em pleno poderemos aferir a sua utilidade para o FCP 2005/06.
Só regressou para cumprir calendário e a verdade é que nada mais posso acrescentar ao que tinha escrito anteriormente. Dada a hipótese de saída de McCarthy e de Hugo Almeida e o pouco mercado que terá, eu mantinha-o no plantel e esperava estar enganado quanto ao que escrevi…

Bruno Moraes: Lesionado desde o final da época passada (em que esteve emprestado ao Vitória de Setúbal) e numa altura em que mostrava poder confirmar alguns dos predicados que tinham justificado a sua contratação é claramente um jogador a rever quando estiver ok. Dada a previsível escassez de opções na frente de ataque no início de 2006, poderá ter aí uma boa oportunidade.
Não recuperou fisicamente a tempo de jogar um minuto que fosse esta temporada pelo que, com base na observação directa, nada posso dizer. Já ouvi alguns elogios às suas capacidades mas estas lesões contínuas não auguram nada de bom. A ver vamos…

Adriano: “Contratação surpresa” de Janeiro, naquilo que parecia mais uma intenção de incomodar o rival SCP do que de reforçar verdadeiramente a equipa do FCP, tornou-se num elemento fundamental para conquista da “dobradinha”. Prometeu no início (com 2 golos no particular com o Dínamo de Moscovo) e jamais defraudou as expectativas, apresentando uma eficácia na hora de rematar à baliza, que os seus companheiros de ataque jamais atingiram. Aliou à capacidade de “facturar”, uma entrega e um espírito de equipa notáveis o que lhe valeu, para mim, o título de melhor jogador do ataque portista na 2ºfase da época.

Saídas e Entradas: Depois da saída de Postiga, com McCarthy “ausente” e Sokota e Bruno Moraes lesionados, poderia justificar-se a contratação de um ponta-de-lança “puro” que materializasse em golos a quantidade e qualidade de assistências que os alas e o meio-campo ofensivo proporcionam. Mas só acho que fizesse sentido no cenário, cada vez mais hipotético, da saída em definitivo de McCarthy. Marcel poderia ser uma hipótese, mas não tenho uma opinião muito sólida sobre este jogador.
Felizmente veio Adriano para o FCP e o Marcel foi facturar para o SLB (na pós-época!). Para a próxima época este é o sector que eu mais alteraria pela força das circunstâncias (foi o de menor rendimento). Nas alas mantendo Quaresma, com Diogo Valente contratado (em quem eu coloco muitas, mas muitas reticências) e com a possibilidade de voltar a contar com César Peixoto na sua posição natural, acho que necessitamos de um reforço que podia ser Duda (do Málaga) de quem ouço grandes elogios (mas que parece não interessar à SAD ?!?); Alan out e Ivanildo emprestado. No “miolo” admitindo as vendas de McCarthy e Hugo Almeida e que dos dois “aleijados” (Sokota e Bruno Moraes) fazemos uma razoável opção, com Adriano e Lisandro de “pedra e cal”, a prioridade é a de sempre: um avançado possante que garanta 20 golos por época e que seja jogador para a Liga dos Campeões. Claro que para isso temos que estar extremamente atentos ao mercado e que abrir (minimamente) os “cordões à bolsa”!

Sevilha - 3 anos depois!

Como o tempo passa...

"Inesquecível mas não Irrepetível!"

A re-análise do plantel - Parte II - O meio-campo

ATENÇÃO: Em itálico, a análise feita a meio da época!

Apesar da grande reformulação a que foi sujeito esta época, e aos diversos sistemas tácticos já utilizados, o meio campo actual do FCP é o grande pulmão da equipa e a razão principal para a melhoria da eficácia defensiva relativamente ao início da temporada. As saídas de Costinha e Maniche foram completamente pulverizadas pelas entradas de Paulo Assunção e Lucho Gonzalez e não me parece faltarem muitas opções de qualidade neste sector.
No meio-campo não houve surpresas na 2ªparte da época, tendo continuado a ser “O Sector de Lux(ch)o” do FCP 2005/06.

Raul Meireles: Esteve em grande destaque na pré-época (tendo sido até referenciado por Arséne Wenger) e confesso que na altura os predicados demonstrados foram uma surpresa para mim, especialmente a capacidade de jogar de primeira e de fazer passes longos com grande precisão. Tem tido poucas oportunidades depois da lesão que sofreu e vai ter que esperar. Parece-me ser um daqueles casos em que precisa de actuar com muita regularidade para se exibir ao mais alto nível.
Foi um dos principais beneficiados pela alteração do sistema táctico e pelo “desaparecimento” de Diego, fazendo uma 2ª parte da época de nível muito elevado. Tal como tinha previsto os minutos a que teve direito solidificaram-lhe as exibições.

Paulo Assunção: Uma das grandes revelações desta época. Apesar de ter começado no banco, quando foi chamado imediatamente “pegou de estaca”. Forte fisicamente, com uma grande velocidade e um posicionamento irrepreensível garante grandes períodos de “descanso” à periclitante defesa. Ainda não apareceu no capítulo do remate. O 1ºmembro do quarteto maravilha. Transformou-se no “2ºmembro do quarteto maravilha” (por uma questão de organização) e foi por muitos adeptos considerado o melhor jogador do campeonato. Só lhe faltou um golo, mas sobrou-lhe tudo o resto. Como é possível que tenha andado tantos anos “perdido”? Um atleta fantástico!

Ibson: É um excelente jogador que apenas tem que melhorar no capítulo do remate. Fez uma boa época o ano passado mas este ano, tapado por um Super Lucho, não vai ter vida fácil. Acho que podia funcionar em alguns jogos no lugar do Lucho, jogando este na posição do Diego.
Sempre que foi chamado exibiu-se em excelente nível nunca acusando falta de ritmo. É um “crime” ter tido tão poucas oportunidades, apesar da excelência da concorrência.

Lucho Gonzalez: A estrela da companhia, é um jogador de “outro campeonato”. Tem um toque de bola fenomenal (os chamados “pés de veludo”), joga limpo e é tacticamente perfeito. A cereja em cima do bolo é a eficácia no remate, depois de um início em que tardou um pouco a afinar a pontaria. Espero que cumpra a recente promessa de ficar muitos anos entre nós! É o 2ºmembro do quarteto maravilha.
Já gastei todos os adjectivos para o classificar pelo que pouco consigo acrescentar acerca das suas fantásticas capacidades. Apesar de ter tido uma natural quebra física na 2ªfase do campeonato, esteve sempre presente e com golos quando foi preciso. Quem o seguia na Argentina diz que ainda só desenvolveu 70% do seu potencial pelo que provavelmente para o ano “terá o céu como limite”.

Diego: Intermitente, não tem tido uma adaptação fácil nem ao nosso futebol nem ao actual treinador. É um fantasista, tecnicamente de topo, mas tenho algum receio que a baixa estatura e a compleição física o impeçam de explodir definitivamente.
Desapareceu completamente das opções do treinador o que sinceramente me custa a perceber. A dificuldade de adaptação a um novo sistema táctico e o facto de o seu empresário/pai não se calar com “indirectas” não podem explicar tudo.

Jorginho: A “besta negra” dos adeptos. Começou muito bem a época, decaiu de rendimento e como o treinador não o soube proteger como devia, tornou-se injustamente o alvo dos adeptos. É um bom jogador e não tenho dúvidas de que é uma opção válida (mais como nº10 mas também como extremo) mas precisa que os adeptos não o massacrem agora que parece estar a readquirir a boa forma. Intermitente, beneficiou do “descanso” que o treinador lhe deu, para reaparecer na equipa em melhor forma, embora sem deslumbrar. Fica inevitavelmente ligado à conquista do campeonato por ter apontado o golo mais decisivo da época no jogo do título em Alvalade. A rever para o ano dada a oscilação de forma que teve este ano.

Anderson: Chegou em Janeiro, depois de ter sido considerado o melhor jogador do Campeonato do Mundo Sub-17. Carregando nos ombros a imagem de “Novo Ronaldinho”, soube integrar-se muito bem. Utilizado apenas a (poucos) espaços na equipa principal, da forma que o treinador entendeu mais benéfica para a sua integração, demonstrou uma grande capacidade técnica e surpreendeu pela capacidade de jogar predominantemente para a equipa. O golo que teve oportunidade de marcar no jogo de estreia, teria levado os adeptos ao êxtase, mas poderia igualmente ter tido efeitos nocivos na sua prestação. Na próxima época espero que confirme tudo o que de bom tem mostrado e que beneficie de outra liberdade no campo para soltar o seu génio. São estes jogadores que promovem o futebol!

Hélder Barbosa: Integrado definitivamente na equipa principal nesta 2ªfase da época, apenas foi chamado para jogar alguns minutos no jogo do Bessa. Acabou expulso mas, dada a envolvente do jogo em questão, não me parece que isso o possa condicionar minimamente em futuras prestações. Junto com Andersson representa a esperança do FCP e poderá beneficiar da saída de Diego para se afirmar na próxima época.


Saídas e Entradas: Não se justificam de todo, além dos já “contratados” Andersson e Hélder Barbosa. Quanto ao hipotético regresso de Pedro Mendes considero que, independentemente de se tratar de um bom jogador, não cabe no plantel actual.
Já contratado o “polivalente” João Paulo (ex-U.Leiria) num movimento táctico que me parece excelente por servir de “backup” a dois jogadores fundamentais (Pepe e Paulo Assunção), não vejo lacunas neste sector da equipa, confirmando-se apenas a saída de Diego.

Curtas

1. Diego está praticamente certo no Werder Bremen por 7 Milhões de Euros, o mesmo valor que o F.C.Porto pagou ao Santos há dois anos atrás. Dadas as circunstâncias, é um excelente negócio! Diego tem todas as condições para ser mais do que um brinca na areia, mas terá que ter mais humildade e muito mais empenho do que o demonstrado no FêCêPê. Pessoalmente, fico muito satisfeito com este negócio.

2. Declarações de Co Adriaanse à imprensa Holandesa:
[Sobre os adeptos do F.C.Porto] "Eles são o mais importante que o clube tem!"

"As pessoas são conservadoras, não reagem bem quando se muda algo e demora muito até conseguirmos convencê-las. Quando se procura construir algo novo, como eu procurei, isso leva sempre o seu tempo. Mas eu ouvirei sempre os adeptos."

"Na próxima época o FC Porto vai jogar melhor futebol. O sistema de jogo será o mesmo, isso não mudaremos, mas é essencial manter o grupo unido."

[Sobre a Liga dos Campeões] "Foi decepcionante, sobretudo nos jogos com o Artmedia. Com o Rangers fomos infelizes com a arbitragem que nos calhou. Em Setembro ainda estava a construir uma equipa, mas a verdade é que foi uma desilusão e para o ano queremos fazer muito melhor"

3. Deco sagrou-se Campeão da Europa ao serviço do Barcelona. No final, revelou que a conquista da Liga dos Campeões ao serviço do seu clube de coração teve um sabor mais especial. Antes de Puyol levantar o "caneco", ele procurou e apontou o nome do F.C.Porto gravado na Taça. É um dos NOSSOS!! Parabéns Deco!

A re-análise do plantel - Parte I - A defesa

Agora que a época chegou ao fim, chegou a altura de recuperar a análise que fiz do plantel (sensivelmente a meio da época) e proceder à respectiva actualização. Saliento que esta análise é estritamente pessoal e representa a minha opinião sobre os jogadores.

No final da análise por sectores que vou fazer, todos os membros do painel avaliarão de 0 a 20 todos os jogadores, de forma a obtermos uma classificação da equipa.

Começo então de trás para a frente…

Nota: A itálico está a análise que tinha feito anteriormente.

Parte I - A Defesa

Tradicionalmente um dos esteios do FCP, é sem sombra de dúvidas o elo mais fraco da equipa esta época. Depois de termos tido atletas de excepção (e que renderam ao clube somas astronómicas, especialmente sendo defesas) como Paulo Ferreira, Jorge Andrade, Ricardo Carvalho e Jorge Costa só para citar os mais emblemáticos, veio o (quase) vazio.
A evolução da defesa na 2ªparte da época foi notável (tanto mais que não chegou qualquer reforço) muito por força da revolução do sistema táctico para o “famoso” 3x3x4 e pelas prestações de Pepe e de Paulo Assunção. Raramente sofremos golos e os poucos que permitimos resultaram na quase totalidade de lances de bola parada, o que nos permitiu atingir o estatuto de “melhor defesa da Europa”!
Nada mau para quem apenas tem 2 jogadores de topo (Helton/Baía e Pepe) e passou o início do campeonato a ouvir comentários jocosos dos rivais…

Vítor Baía: O maior símbolo do FCP actual para o qual já faltam adjectivos. Continua em excelente forma e além disso é o patrão da equipa depois da saída do Jorge Costa.
Perdeu a titularidade para Helton depois de algumas exibições menos conseguidas, acabando por ficar ligado a 2 das 3 derrotas do FCP no campeonato (na Amadora e na Luz). Pelo lado positivo fica a defesa ao penalty de João Moutinho que colocou o FCP na final do Jamor e o fair-play com que soube encarar a sua “despromoção” e o facto de regressar sempre com motivação quando foi chamado. É o melhor suplente do mundo que podíamos aspirar para a nossa baliza!

Helton: É um bom guarda-redes mas fico à espera de o ver actuar no FCP em jogos de grau de dificuldade elevado, para confirmar se temos um substituto à altura do 99.
Quando foi chamado confirmou as melhores referências que trazia. Sofreu apenas 2 ou 3 golos e todos de penalty! Sem nunca ter tido necessidade de fazer exibições espectaculares, foi de uma regularidade e confiança extraodinárias. Espero não me enganar ao dizer que depois de muitos anos encontrámos finalmente o substituto do Vítor Baía.

Paulo Ribeiro: Jovem, vi-o fazer alguns bons jogos em Setúbal (à excepção de um franguito contra o Benfica), tem margem de progressão mas dado que está tapado não será fácil afirmar-se a curto prazo.
Foi o único jogador que não se sagrou campeão nacional e como se previa tirando 1 jogo na Taça e alguns jogos na equipa B, não se mostrou aos adeptos pelo que continua pendente de observação.

Saídas e Entradas: Não se justificam de todo.


Sonkaya: Está longe de ser um jogador de top mas acredito que é o nosso melhor defesa direito. É um jogador a rever depois desta ausência prolongada. Provavelmente precisa de confiança dos adeptos para provar alguma coisa.
Desapareceu por completo da equipa e nem quando foi chamado à equipa B saiu da mediocridade. Um flop completo!

Bosingwa: Decididamente um dos meus mal amados. Não lhe vislumbro capacidades técnicas nem tácticas para representar o FCP. Nem a defesa nem a trinco.
Fixou-se como 1ªopção para a posição 2, por clara falta de concorrência e apesar de ter cumprido minimamente não me dá confiança para o futuro. A abnegação e velocidade não são suficientes para compensar sofríveis prestações técnicas e de leitura de jogo.

Ricardo Costa: Nunca vai ser um grande central e apenas a sua entrega ao clube e a sua versatilidade para tapar buracos à esquerda e à direita lhe pode valer um lugar no plantel. Mas é só isso, um remendo razoável.
Não comprometeu nas poucas oportunidades que teve o que lhe poderá valer continuar a ser uma opção de recurso.

Pedro Emanuel: Sem ser uma estrela é o patrão da defesa, porque apesar de ter uma técnica e uma velocidade apenas razoáveis, compensa com uma boa leitura táctica e um bom posicionamento. É experiente e é uma voz de comando, o que numa equipa tão jovem o torna imprescindível!
Confirmou os predicados e exibiu-se sempre a um nível razoável e consistente tanto a central como a defesa esquerdo.

Pepe: Tem crescido muito como jogador esta época e acredito que venha a ser um bom central. É rápido a sair para o ataque, forte no jogo aéreo e não fosse alguma tremideira que o traem de vez em quando e que nos custam alguns golos, já seria um jogador de top.
Explodiu definitivamente na 2ªparte do campeonato e tornou-se um imprescindível, potenciando todas as suas qualidades. Se demonstrar a nível internacional a mesma qualidade de jogo pode tornar-se um jogador fabuloso. Foi um dos esteios da equipa e merece passar a integrar o quarteto maravilha.

Bruno Alves: Não tem, nem nunca terá a não ser por milagre, lugar no FCP. Teve a sua oportunidade e falhou em toda a linha. Ainda carrega a única nódoa disciplinar do FCP 2005/06 até à data.
Nas poucas oportunidades que teve nesta 2ªfase passou despercebido a não ser, pelos vistos, a alguns clubes gregos que espero que o contratem.

Marek Cech: Cumpriu sempre, sem brilho mas com distinção, quando foi chamado e a sua saída da equipa é mais um dos mistérios de Co Adriaanse. É um jogador a rever e apesar de não ser um indiscutível, é claramente o melhor na sua posição.
Com o aumento do nº de minutos de jogo a sua produção melhorou tendo tido apenas uma falha comprometedora na meia-final da Taça que felizmente não teve verdadeiras consequências. Com o amadurecimento pode tornar-se um jogador muito interessante e importante com o sistema táctico actual.

César Peixoto: Começou bem, fez alguns golos, mas tem mostrado alguma regressão na sua adaptação à posição de LE. Não tem cumprido minimamente e não pode ser a 1ª opção para o lugar. Pode ter oportunidade a extremo-esquerdo mas a concorrência é muita...
Lesionou-se e não voltou a jogar esta época. No sistema táctico com 3 defesas será mais difícil ser opção para a posição de LE, mas pode ter a sua oportunidade como extremo.

Saídas e Entradas: Bruno Alves e Sonkaya out a título definitivo e Bosingwa se houver uma proposta interessante. Com a contratação de João Paulo (U.Leiria) já acertada só me parece imprescindível a contratação de um bom LD, dado o sistema de 3 defesas. O regresso de Seitaridis (D.Moscovo) ou a aquisição de Kromkamp (Liverpool) podiam ser boas hipóteses, dependendo do preço. Miguelito (Nacional) também podia ser hipótese para o lado esquerdo, essencialmente pela polivalência que lhe permitiria jogar em duas ou três posições, mas alguém teria de sair.

Portugal será Campeão do Mundo!

Albert Einstein, mesmo sem conhecer este senhor, já dizia com muito acerto:

"Só existem duas coisas infinitas: O Universo e a estupidez humana. E não estou totalmente seguro da primeira."

Não vou estar para aqui a discorrer razões contra a estupidez porque isso é totalmente desnecessário. Só quero afirmar que não é este senhor que vai fazer com que eu deixe de apoiar a Selecção de Portugal no Campeonato do Mundo. Em Junho, o FêCêPê irá abrir uma excepção à política de publicação, e irá acompanhar Portugal no Mundial. Para o bem… e para o mal! Mas a quem não precisa de Quaresma só pode ser exigido que seja Campeão do Mundo!

Alguns leitores pediram-me que divulgasse esta petição!

Eles limpam tudo...

A nível nacional o F.C.Porto não deixou ninguém pôr a mão ao prato. O Vitória de Setúbal, já devia estar consciente que a adversário deste ano era diferente do do ano passado... e de que maneira! Mesmo assim, milhares de Sadinos invadiram o Jamor e deram um colorido muito bonito a uma festa que se repete ano após ano.
No campo, Adriaanse surpreendeu ao lançar Anderson a titular. O F.C.Porto controlou o jogo de princípio a fim, mas durante a primeira parte teve bastante dificuldade em penetrar na super-povoada defensiva do Vitória. Em algumas ocasiões o futebol aéreo foi a solução... mas revelou-se ineficaz. O golo de Adriano, bem perto do intervalo, fez antever uma etapa complementar mais bem jogada... e foi o que aconteceu. Na segunda-parte, o Vitória arriscou mais e FêCêPê teve muito espaço para jogar, criando uma série de oportunidades de golo, algumas desperdiçadas de forma inglória.
Mais uma dobradinha... a quinta da história do F.C.Porto.


Melhor jogador em campo:

Durante a primeira parte foi o abre-latas que a equipa precisava. Hélio viu-se obrigado a colocar dois homens sobre a esquerda para conseguir parar "O Cigano" mas a tarefa revelou-se infrutífera. Perto do intervalo, o Sete do F.C.Porto tirou um cruzamento perfeito que Adriano só teve que dar seguimento. Em relação à sua provável exclusão do Mundial da Alemanha... desculpem, mas eu não acredito. Vou esperar pela divulgação da lista dos 23 e depois comento. A sua não inclusão seria tão estúpida que nem alguém que é pós-doutorado nestas coisas da estupidez seria capaz de a praticar.

Directório de imagens actualizado

Dobradinha no Jamor?

Inicia-se amanhã pelas 17h o último “combate” do nosso FÊCÊPÊ na presente temporada, e logo com a realização da Final da Taça de Portugal. No Estádio do Jamor, o FC Porto vai encontrar pela frente o actual detentor da prova, o Vitória de Setúbal.
Apesar do franco favoritismo pertencer ao FÊCÊPÊ, a verdade é que em finais esse mesmo favoritismo esbate-se um pouco. E se exemplos fossem precisos, basta recordar o que aconteceu na final da época passada…
Vamos lá trazer esse “caneco” para a maravilhosa cidade do Porto! E tal como disse o nosso presidente antes da final da Champions League em Gelsenkirchen, “as finais não se jogam, GANHAM-SE"!

O fim da equipa B

O F.C.Porto anunciou em comunicado, a extinção da sua equipa B de futebol.

Bilhetes para o Jamor

A história dos bilhetes para a final da Taça de Portugal está muito mal contada. Eu compreendo que a FPF tenha que reservar alguns bilhetes para patrocinadores, associações e afins... mas 13 mil bilhetes?

Leiam a explicação do jornal OJogo.

A FPF, que tem no exemplo do seu presidente, a mais aberrante demonstração da inutilidade, imbecilidade e incapacidade da sua organização, tende a transformar a Final da Taça de Portugal num convívio anual entre "engomadinhos" enfiados em frapé, que a todo o custo procuram fugir do povo que respira, transpira e vibra futebol! Uma vergonha!

O PORTO está na RUA!

Está... e sempre estará!

Melhor 11 da Superliga

O guardabel começou e como acho uma boa ideia vou tentar.
Vou tentar porque este Post apela a toda a minha pretensa imparcialidade e se há algo em mim em que não confio... é na minha capacidade de ser imparcial no futebol:

Sistema 4x3x3:

Bruno Vale: De uma regularidade impressionante. Para a história fica a exibição memorável em Alvalade. Época excelente. Helton merece também uma menção muito honrosa.

Abel: Numa posição onde não abundam grandes talentos na Superliga, Abel demonstrou que já merecia uma oportunidade num dos denominados grandes.

Pepe: Época a todos os níveis fantástica! O esteio da defesa do Campeão Nacional.

Nunes: Só jogou meia-época mas até à altura em que rumou a Maiorca, estava a ser o melhor da Superliga. Sem dúvida que merece a chamada ao Mundial 2006. É também justo mencionar Anderson como uma das grandes revelações da prova.

Leo: Foi o melhor jogador do Benfica e quanto a mim o melhor lateral-esquerdo da Superliga.

Paulo Assunção: Trabalha, luta, defende, sai a jogar... porque o futebol não é só arte e génio mas também transpiração e cumprimento das instruções do treinador.

Moutinho: Na sequência do que se antevia na época passada, João Moutinho impôs-se com facilidade na equipa do Sporting. Um jogador fantástico que só por injustiça não estará no Mundial 2006. Raul Meireles merece uma menção muito
honrosa.

Lucho: Devido a vários condicionantes, só mesmo em fogachos se anteviu o verdadeiro Lucho. Mas o que ele mostrou já é o suficiente para se ficar deslumbrado com a sua capacidade para pensar bem o futebol e interpretá-lo ainda melhor.

Quaresma: Como o próprio admitiu, foi a sua melhor época de sempre. Ainda tem uma margem de progressão razoável pela frente que o pode levar a tocar nos pícaros do futebol mundial. Outra injustiça se não for ao Mundial 2006.

Meyong: Ser o melhor marcador do campeonato numa equipa que acaba por descer à Divisão de Honra é um feito que por si só merece destaque. Adriano, Liedson ou Saganowsky também poderiam estar neste lugar.

Manu: Um dos grandes responsáveis pelos excelente campeonato realizado pelo Estrela. Nandinho também realizou uma prova muito positiva ao serviço do Gil Vicente.

Treinador: Manuel Machado: Depois de colocar o Vitória de Guimarães na Taça UEFA, repete a graça ao serviço do Nacional, conseguindo durante a primeira volta andar a rondar o primeiro lugar.

Jogador do Ano:

Vamos criticar Co Adriaanse

As críticas ao treinador do F.C.Porto não cessam. Mesmo depois de se sagrar Campeão Nacional e estar em vias de poder conseguir a "dobradinha", há sempre algo novo a criticar. Se eu fizer um esforço e quiser criticar Adriaanse por razões objectivas e perfeitamente racionais, posso dizer:
1) Parte responsável pela eliminação prematura da Liga dos Campeões.
2) Deficiente trato na questão de Jorge Costa
3) Tirando um ou outro jogo as exibições da equipa nunca deslumbraram.

Reparem que para estas críticas existem algumas razões atenuantes mas que não vou abordar pois já discorri sobre elas noutras alturas.

As restantes críticas que se ouvem por aí são perfeitamente opinativas e muitas delas têm base racional zero! As mais recentes atiram-nos para o jogo do Boavista:

1. A convocatória: "Inadmissível", "Irresponsável", "Para pagar o Diogo Valente". Quando antes da final da Taça UEFA, Mourinho jogou e perdeu em Paços de Ferreira ao leme de uma equipa perfeitamente atípica onde estavam os paladinos da moralidade? Se um dos titulares se lesionasse no jogo com o Boavista, o que diriam de Co Adriaanse? Eu quero lá saber se vamos fazer frete a A ou a B... o que eu exijo é que o treinador do F.C.Porto em primeiro lugar zele pelos interesses do F.C.Porto e não pelos do Nacional da Madeira.

2. A exibição: "Deplorável", "vergonhosa"! Eu assisti ao jogo e não tive nada essa impressão. Mas eu sou suspeito... sou portista e posso estar a ser faccioso em favor do meu clube! Fui ler os jornais:

OJogo:
"Num jogo mais divertido do que útil que acabou num resultado correctíssimo e, se quisermos, no vislumbre de um futuro que os dragões só têm motivos para querer que chegue depressa."

Record:
"Esta foi uma partida sem sombra de pecado. Porque o FC Porto, mesmo entrando em campo com Baía “e mais dez”, fez tudo por vencer e até fez por merecer."

MaisFutebol:
"(...)a equipa de reservas jogou com o orgulho e mostrou ficar a dever pouco aos outros, aos que jogaram mais durante a época. Segurados pela qualidade de Ibson e embalados pelo talento de Anderson, os portistas desenharam jogadas de fino recorte. Jogadas de primeiro toque, de combinações bonitas, de triangulações, de futebol geométrico(...)"

Serão necessárias mais palavras?

3. Não proporcionar a Paulo Ribeiro a possibilidade de se tornar Campeão. Eu até estou um pouco de acordo, mas se o acusam de jogar para fazer frete depois querem que ele coloque a jogar o terceiro guarda-redes com o resultado incerto? Em que ficamos?

Resumo do Fim

1. A segunda linha do F.C.Porto, chegou e sobrou para o Boavista no Bessa... e não fosse um Pedro Henriques em claro sub-rendimento e a vitória não fugiria. Destaques individuais para Vítor Baía(Brilhante), Ibson(1ª parte estupenda), Anderson(algumas jogadas geniais) e Lisandro Lopez(golo fantástico).

2. O Campeonato chegou ao fim e as grandes surpresas foram as descidas do Belenenses e do Vitória de Guimarães. A Superliga precisa destas duas equipas e faço votos para que voltem o mais rápido possível. Cá para cima tudo normal: Nacional e Braga viram premiadas as excelentes campanhas com um lugar na Taça UEFA, enquanto os rivais da 2ª Circular lutaram até ao fim pelo lugar a que são normalmente votados. Não deve ser à toa que numeraram aquela Circular de 2ª. O Sporting acabou por garantir o acesso directo à “Champions” e com uma justiça inapelável fruto das depauperadas exibições do seu rival.

Boavista - F.C.Porto

6 de Maio, 18H00 - Estádio do Bessa
vs

Num jogo que para o F.C.Porto servirá para cumprir calendário, Co Adriaanse optou por fazer descansar os habituais titulares e dar oportunidade aos jogadores menos utilizados e a alguns jovens.

Convocados: Vítor Baía, Paulo Ribeiro, João Pedro, Sonkaya, Bruno Alves, Marek Cech, Ricardo Costa, Ibson, Nuno Coelho, Alan, Anderson, Bruno Gama, Hélder Barbosa, Hugo Almeida, Ivanildo, Jorginho, Lisandro Lopez, Sokota.

Onze possível: Vítor Baía; Ricardo Costa, Bruno Alves, Marek Cech; Nuno Coelho, Ibson, Jorginho; Anderson, Lisandro, Alan;

Se quiserem saber mais sobre os miúdos que Co Adriaanse convocou, recomendo-vos o blog do Morphy... o Esperança Portista: Bruno Gama, Helder Barbosa, João Pedro, Nuno Coelho

Ah Ganda Ministro!

(De ir para o Sporting) "Se gostava? Depende da estrutura porque tenho a noção (...) que encontrar uma estrutura como a do Porto em Portugal é difícil."

"Com a estrutura que tem o F.C. Porto era o único clube em que jogaria em Portugal. É o único clube que ganha títulos. Independentemente das fases menos boas que atravessa, e que eu atravessei em 2004/05 em que teve diversas crises de treinadores e jogadores, é sempre um clube sólido, que raramente aparece com crises de direcções nos jornais. As coisas tratam-se dentro do balneário e não cá fora e isso é muito importante para um jogador."

"Há uma união e querer diferentes. Há um encarar de jogos diferentes e um jogador tem de sentir essa união e vontade dentro de um balneário. Eu tive oportunidade de analisar o trajecto dos três grandes, porque estava de férias na Rússia neste quatro meses, e assistir à ponta final do campeonato. Nos momentos chaves a única equipa que não baqueou foi o Porto."

"Mas, neste momento eu tenho a minha convicção que estrutura como aquela e união dentro do plantel é difícil de igualar. Joguei lá 4 anos e sei o que a casa gasta..."

citações retiradas do site MaisFutebol

É o nosso número 10...

O "Nosso" Mágico voltou a ser campeão! Deco jurou amor eterno ao FêCêPê e os adeptos portistas jamais o esquecerão por aquilo que ele foi e pelo que continua a ser. Ele é representação mais autêntica do jogador de futebol perfeito já que consegue juntar duas qualidades que dificilmente se unem: Genialidade e humildade!

Aos 28 anos os títulos são tantos e ainda há tanto para ganhar:

2 Campeonatos de Espanha, 1 Supertaça de Espanha, 3 Campeonatos de Portugal, 3 Taças de Portugal, 2 Supertaças, 1 Taça UEFA e 1 Liga dos Campeões(podem ser 2).

A juntar a estes títulos, teve o mérito de levar a Selecção Nacional às costas no Europeu sendo apenas traído na final por uma saída em falso do protagonista do costume.

Parabéns Deco!

Aliados ou Alameda?

É verdade que a Avenida dos Aliados está em obras... mas elas não são de hoje, já se arrastam há três anos (ou se calhar mais tempo) e nunca impediram os adeptos do F.C.Porto de ir “à Praça” dar largas à sua alegria. Este ano as comemorações foram bipartidas e muitos portistas preferiram a Alameda do Dragão aos Aliados. Sem pretender discorrer razões objectivas ou subjectivas para o facto, esta situação deixa-me de algum modo preocupado.
As celebrações nos Aliados têm, pelo menos para mim, um significado profundamente bairrista e eu orgulho-me de ser bairrista... para além do clube existe a minha querida cidade. Se defendo o meu clube, com a mesma garra defendo a minha cidade! Ir celebrar “Prá Praça” é unir o clube com a cidade... e não são umas quantas obras ou umas quantas decisões políticas que conseguirão apartar a cidade do clube! Só as pessoas o conseguirão! Confinar os festejos à Alameda do Dragão é admitir a cidade do Porto como um mero código no endereço postal do clube. Isso é hediondo!

Não separe o homem o que a história uniu! O Porto só é Porto por causa do Porto!

Imagem tirada do blog Azul e Branco

Final Four da Liga dos Campeões de Hóquei em Patins

É já na sexta-feira que o FÊCÊPÊ inicia o “ataque” ao título europeu de hóquei em patins!
A Final Four decorrerá no Palácio dos Desportos de Torres Novas nos dias 5,6 e 7 de Maio e tem a particularidade de ser disputada pela primeira vez num formato em que todas as equipas se defrontam entre si. Para além do FC Porto, a competição contará com a participação dos italianos do Follonica e dos espanhóis do Reus e do Noia. Depois de diversas oportunidades que se escaparam por entre os dedos nas últimas edições da prova, esta é uma oportunidade de ouro para voltarmos a ser Campeões da Europa desta modalidade!
Com um brilhante palmarés internacional, em que se destacam as 2 Taças dos Campeões Europeus, o FC Porto tentará ser coroado Rei da Europa pela 3ª vez na sua história.
Vamos a isto FÊCÊPÊ!

Programa da Final Four:

5 de Maio

FC Porto – Follonica (20h15)
Reus – Noia (21h45)

6 de Maio

Follonica – Reus (15h45)
FC Porto – Noia (17h30)

7 de Maio

FC Porto – Reus (17h00)
Follonica – Noia (18h30)

Nota final: Segundo informação retirada do site oficial da Câmara Municipal de Torres Novas, o bilhete para um dia custará 10 euros, enquanto quem optar por um bilhete para os três dias irá pagar 25 euros.

Vocês fazem o blog!

Num dia em que o Blog FêCêPê tem uma maior visibilidade do que é normal, fruto da citação de José Manuel Ribeiro no jornal OJogo, eu queria agradecer aos visitantes mais incondicionais do FêCêPê e que com os seus comentários pertinentes aos Posts, complementam e corrigem algumas situações menos acauteladas. Eu poderia citar alguns desses auxiliares que trazem um grande valor acrescentado a este nosso cantinho, mas por receio de excluir alguém não o faço.
Este blog sem a caixa de comentários era perfeitamente inútil e por isso eu me bato pela limpeza intelectual do espaço de comentários. Nela é admitida qualquer opinião de qualquer adepto, mesmo que não do F.C.Porto, desde que seja feita com educação.
Este blog sem vocês, visitantes que nos lêem e que discutem connosco na Caixa de Comentarios era um fracasso!
Neste dia especial para o blog, fica aqui um tributo a vocês... Muito, mas mesmo muito obrigado!

A festa dos Campeões!

Como seria de esperar, a festa de Domingo valeu muito mais pelo ambiente frenético das bancadas do que pelo futebol jogado. Enquanto os adeptos davam largas à alegria, no relvado os jogadores desejavam mais um gole de Moet & Chandon. Salvou-se a vitória, não o Vitória... que dificilmente escapará a um ano no deserto de Honra.

Neste momento de alegria, deixem-me comentar alguns aspectos deste dia que, felizmente, tem sido vivido várias vezes ao longo dos últimos anos:

1. A organização pré-jogo deixou muito a desejar. Chamem-me da velha guarda, mas eu preferia mil vezes ver dois paraquedistas a ensaiar a descida sobre o relvado e assistir às escolinhas do clube a jogar umas contra as outras... que levar com o Luís Jardim a gritar PORTO PORTO PORTO e a dar lições de portismo sobre como comprar o novo CD. Salvaram-se as duas actuações da Maria Amélia Canossa… momentos sempre arrepiantes!

2. As duas claques, ao contrário de Penafiel, portaram-se à altura, mas ainda não consigo perceber o amuo pela metade do Colectivo nos jogos em casa. O ambiente esteve sempre muito vibrante e desta vez, os assobios que a determinada altura se ouviram foram plenamente justificados, tamanha a apatia que se vivia no relvado.

3. Como medida populista, num Post, eu tinha aconselhado a Adriaanse a colocação de Baía a titular no jogo frente ao Vitória. Penso que o Holandês fez ainda melhor ao proporcionar a Vítor Baía, a hipótese de viver aquele momento impressionante de carinho dos adeptos do F.C.Porto.

4. A festa após o jogo foi organizada… e quando se tira a espontaneidade e o improviso à alegria, sobra o quê? Trinta minutos amorfos à espera que os jogadores subissem novamente ao relvado, uma consagração individual que segmentou aplausos, sintonias e que ainda permitiu que um jogador que quer sair do clube tenha sido o segundo mais aplaudido... e um espaço de tempo muito curto de festejos puros. Temos tanta experiência disto... podia ter sido muito, muito melhor.

P.S. Nota muito negativa para César Peixoto: Todos os adeptos esperavam que aquando da subida individual ao relvado, ele finalmente nos apresentasse a Isabel... fica para a próxima!

Directório de Imagens Actualizado